quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

O Brincar!

Percebe-se que com o brincar, sendo ele usado para aprender ou só para brincar, os alunos criam possibilidades de cooperarem entre eles, fazendo um exercício de convivência, afetividade e cumplicidade ao brincarem, demonstraram que todos puderam participar, sem discriminação. Outro importante aspecto do brincar na escola, seja na educação infantil ou em qualquer série, é que quando algum aluno não consegue realizar alguma atividade da brincadeira seus colegas o auxiliam, como nas brincadeiras de cantigas de roda (ovo podre, passa anel, o limão entrou na roda) tornando o brincar muitas vezes coletivo e cooperativo. Observa-se que com o brincar também a utilização da comunicação, tanto verbal quanto de movimento, criação do imaginário e para organização das brincadeiras (brincar de casinha, onde as crianças criam suas regras “familiares” muitas vezes copiadas das suas famílias). A concentração da criança não vem da quietude, sala silenciosa nem sempre significa aprendizagem. Ou seja, nas brincadeiras há muitas vozes e muitas vezes na brincadeira a criança se torna ela de fato, pode se fantasiar do que deseja. E defender o brincar na sala de aula, não é ser negligente com o aprender, como diz Tânia Fortuna:
 “Tais limites contribuem para a construção do senso de realidade nos processos de subjetivação. Mas a atividade lúdica é, ela mesma, pujante de situações em que a realidade qualifica o brincar, ao opor resistência à fantasia, forçando a busca de outros canais de realização. ”

 Através do brincar na sala de aula, podemos transformar muitas coisas, principalmente no comportamento das crianças, que são imprescindíveis para que eles possam se respeitar e respeitar as capacidades individuais dos colegas, como os jogos cooperativos como por exemplo o “ZIP ZAP E ZUM”, fazendo com que a brincadeira além de ser divertida, possibilita a interação e também faz com que eles se  abram ao diálogo, escutem e experimentem possibilidades diferentes de se movimentarem e assim (re)construir juntos sentidos e significados que possivelmente levarão para suas vidas, constituindo-se como indivíduos autônomos críticos e construtores de uma sociedade mais justa e igualitária.

Portanto, acredito que o brincar na educação infantil é fundamental para a ludicidade da infância e para o imaginário da criança.  Enriquecendo a aprendizagem dentro da sala de aula nas séries futura e fazendo com que os alunos mudem sua conduta, que muitas vezes é de exclusão e desigualdades, para um agir cooperativo, re-significando assim sua formação, uma formação que reflita e supere sobre as maneiras tradicionais de utilização de brincadeiras em práticas educativas. Por fim, saliento que brincadeiras usadas como recurso didático contribuem na formação social dos alunos, sabendo que o mais importante é aprender com os outros e não contra os outros, contribuindo para sua formação social e cidadã.