Adorei a última aula! E
gostei muito da professora e do rumo que a aula tomou. Pensar sobre infância inicialmente
nos remete a nossa infância e isso faz com que façamos uma comparação em como as
crianças atualmente são. Minha infância foi muito diferente do que é a infância dos meus alunos. O conceito de infância vai se transformando com o passar dos tempos de acordo com as gerações.
Etimologicamente, a palavra "infância" tem
origem no latim infantia, do verbo fari = falar, onde fan
= falante e in constitui a negação do verbo. Portanto, infans refere-se
ao indivíduo que ainda não é capaz de falar.
Mas uma criança é muito
capaz, não só de falar, mas de observar o mundo com os olhos que os adultos já
deixaram pra trás. Uma criança se surpreende com o novo e se encanta com o que
está aprendendo deste mundo. Nós adultos paramos de nos surpreender e isso é
bastante filosófico. A infância é algo em construção e a construção acontece baseada
na interação com o meio. A nossa concepção de infância mudou
muito com o passar dos anos historicamente, durante séculos a infância não foi
sujeito de direitos. Ela era simplesmente algo à margem da família, considerada
como um "vir a ser". Só era considerada sujeito quando chegava à
idade da razão. Hoje a criança está inserida no mundo e na família de forma
bastante centrada. Pensamos nessa criança. Estudamos sobre infância, tentamos entender
suas fases. E penso que conforme o papel da mulher vai mudando na nossa
sociedade, o papel da infância também. Antigamente tínhamos uma infância em casa,
brincando na rua com a mãe presente. Hoje já vemos uma infância mais
interacional, onde as crianças interagem, vão pra escola mais cedo, a mãe
geralmente trabalha fora de casa. Partindo disso, o conceito infância vai se
moldando. E se transformando.
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