"Pra escrever.
Escrever de verdade.
Palavras, textos, suspiros que as pessoas queiram, precisem, gostem de ler.
Que provoquem faíscas.
Que façam pensar.
Que mudem o mundo.
Pois pessoas são mundos, a gente repete.
É preciso se despir.
De preconceito, achismo, orgulho, salto alto, superioridade, carão.
E enlarguecer..." (Cris Lisbôa)
Escrever de verdade.
Palavras, textos, suspiros que as pessoas queiram, precisem, gostem de ler.
Que provoquem faíscas.
Que façam pensar.
Que mudem o mundo.
Pois pessoas são mundos, a gente repete.
É preciso se despir.
De preconceito, achismo, orgulho, salto alto, superioridade, carão.
E enlarguecer..." (Cris Lisbôa)
Sempre que escrevemos algo, é
justamente para provocar inquietação e reflexão em quem for ler. E é pra isso
que a escrita serve, é o objetivo da cultura e da educação. Pensar sobre,
concordando ou não, mas fazer pensar. A escrita serve para alumiar, isto é,
acender todas as luzes apagadas na mente do leitor ao provocar reflexões e
inquietações. Dizemos nas entrelinhas o que gostaríamos de dizer ao nosso
leitor e muitas vezes essa escrita é carregada de referências de autores que
estudamos, de autores que admiramos, de autores que gostamos. Essas referências
nos dão base para uma escrita carregada de contribuições, deixando muitas vezes
nossos textos autorais mais ricos e mais argumentativos. Necessitamos ainda,
ter cuidado para não nos apropriarmos de uma ideia como nossa, precisamos ser
autores dos nossos textos.
E nosso maior desafio como
educadores é formar alunos praticantes da leitura e produtores da sua escrita,
que possam ser lidos pelos outros sujeitos. Pra isso precisamos escrever e ler
para esse aluno. E precisamos escrever todo dia. Algumas pessoas são dotadas de
talento para a escrita, bem sabemos isso, através dos nossos alunos, porém nem
sempre talento é tudo na vida, precisamos de determinação para ficar fazendo
muitas vezes o que precisamos fazer, se queremos que nossos alunos sejam
produtores, precisamos ensinar isso a eles e para ensinarmos, precisamos saber.
E saber é parar com o mimimi e praticar, muitas e muitas vezes. E um dia, vamos
perceber que estamos escrevemos, independente de nossos autores preferidos, por
mais que tenhamos a tendência de sempre os colocar na nossa escrita, inclusive
nas entrelinhas.