Trabalho realizado após leitura do "O garoto Estrela", que aborda diversidade |
Ao
falarmos sobre as diferenças físicas e preconceitos, percebemos muitas vezes
que se faz presente na nossa sala de aula e de forma explicita na maioria das
vezes. Tudo porque a sala de aula é o primeiro contato que nossos alunos têm
com a sociedade e ele traz para dentro da sala de aula sua bagagem cultural e
suas experiências. O preconceito é moldado em casa, muitas vezes e disseminado
nas ruas. Antes de sairmos julgando, precisamos entender o que leva esse
sujeito ser preconceituoso e precisamos refletir acerca do tema. Muitas vezes,
o fato de sermos diferente gera esse pré-conceito. Pois não estamos acostumados
com o diferente. Diferente do que se prega na sociedade. Diferente do que a mídia
mostra. Diferente do que padrão que nos foi imposto. O diferente, não é nos é
comum. Não sabemos lidar com o diferente. E muitas vezes, o diferente pode ser
a gente mesmo.
E
existem vários tipos de diferenças, as físicas, as diferenças de personalidades
e os comportamentos que se diferem. Como
lidar com tudo isso em sala de aula? E se pensarmos sobre as diferenças, temos
as diferenças significativas que pontuam definições tais como: Estatísticos,
Estrutural e Psicosocial. Estatísticas se refere à matemática mesmo, aqueles
apontamentos que tantos por cento da sociedade faz assim ou daquele modo. O estrutural se refere à vocação, como
características dos indivíduos (ver, ouvir, falar, comer) e são taxadas de
diferentes pessoas que necessitam de uma ajuda de algum elemento exterior para
exercer essas características e o psicosocial se refere à comparação, como por
exemplo, só pessoas brancas, magras e altas serão bem sucedidas, logo se
pertencer a esse grupo sou “normal” e não vista como diferente.
E
como transformar a diferença em igualdade numa sala de aula? Como nos aponta
Freire, educação não muda o mundo, educação muda pessoas. Logo, precisamos
mudar pessoas para que elas possam a vir a mudar o mundo.
Na
minha sala de aula, trabalho a partir da literatura infantil, que além de ser
uma estratégia de leitura, oportuniza o debate sobre diversidade e
consequentemente sobre respeito ao próximo e empatia.
Ao
perceber que o diferente é igual, passamos a valorizar a diversidade presente
em sala de aula e além da valorização, passamos a dar voz aos alunos que se
sentem “diferentes” em sala de aula. Não devemos permitir que nossos alunos
sejam como os avestruz e queiram se esconder dentro da areia, portanto é
fundamental oportunizar momentos em sala de aula para que possam se construir
como sujeitos pertencentes a essa sociedade.