terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Reflexões!


O que mais me chamou a atenção no filme “Como estrelas na terra” (produção indiana de 2007, dirigida por Aamir Khan), foram os rótulos que o aluno Ishaan carregava e o quanto ele sofria por carregar esses rótulos.  E o quanto a escola tem papel fundamental na vida desses sujeitos. E o quanto o professor é o norteador de tudo, de um ensino de qualidade ou de um ensino engessado que só reproduz coisas e não constrói nada. O filme é emocionante, pois além da história do Ishaan, ele nos remete a nossas salas de aulas e nos faz parceber que muitas vezes temos muitos alunos assim como o Ishaan e não estamos olhando, só estamos vendo. O filme me fez refletir, sobre a educação, sobre o papel da escola e principalmente sobre meu papel de educadora e formadora e da importância do dialogo com meus alunos.

Fico pensando na minha responsabilidade de formar alunos pensantes e atuantes e ao mesmo tempo me sinto frustrada, porque são tantas coisas que nossos alunos da escola pública não tem acesso. Não tem nem um professor valorizado. Mas como a gente se sente responsável por esse saber, a gente tenta... A gente pesquisa (em casa, no dia de folga, no domingo de manhã), a gente leva material (que a gente mesmo produz), a gente compra material (com o nosso dinheiro mesmo), a gente planeja levar no museu (e leva e paga para aquele aluno que não tem), a gente planeja aula para falar sobre aquele livro que eles precisam ler, sobre aquela obra de arte que eles precisam ver, sobre aquelas músicas que eles precisam escutar... A gente fala muito sobre a sociedade, a gente trabalha sobre a diversidade, falamos sobre os sentimentos, sobre alimentação correta, sobre higiene... Professores também escutam muito... Escutam o aluno que está com problemas em casa, aconselha, chama família, aconselha família, escuta família, escuta até o vizinho (se servir para ajudar o aluno). A gente também escuta muito da sociedade, todo mundo adora falar sobre educação e sobre os professores, sem sequer terem pisado numa sala de aula, mas tudo bem... A gente segue fazendo nosso trabalho, a gente se sente responsável por cada aluno dentro das nossas salas de aula... E a gente tenta cotidianamente formar esse sujeito... E assim, penso eu, seguiremos. 

quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Sobre aprendizagem!



"Um dos grandes pecados da escola é desconsiderar tudo com que a criança chega a ela. A escola decreta que antes dela não há nada” (Folha de São Paulo, 31.03.97 -  Paulo Freire).


Essa fala do Freire é fundamental, pois não podemos jamais, como professores, esquecer a bagagem cultural do aluno. Cada sujeito aprende com suas experiências e traz para a sala de aula suas bagagens e o professor tem que ser o mediar dessa construção. Dentro da aprendizagem considera-se que o mais fundamental processo é a imitação, ou seja, a repetição de um comportamento ou atitude. É o mais fundamental por que se observa que essa é a primeira forma de aprender que as crianças desenvolvem. As crianças aprendem imitando seus pais e as pessoas mais próximas e levam isso para dentro da escola, depois passam a "imitar" o que está vendo na sala de aula... 

Por isso a interação é uma parte fundamental do processo de construção dessa aprendizagem. Que é uma das teorias defendidas por Vygotsky, onde ele defende que o  desenvolvimento cognitivo do aluno se dá por meio da interação social, ou seja, de sua interação com outros indivíduos e com o meio.

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Morin!

Os setes saberes necessários à educação do futuro, do Morin, aborda no capítulo 1 a questão do erro da ilusão. Morin aponta que a educação, deverá enfrentar a face do erro e da ilusão, ou seja, que devemos aprender a lidar com os erros e devemos estar com o olhar atento para vermos esses erros e usá-los na construção do sujeito que está na nossa sala de aula! Devemos estar atento a esses erros para que possamos deixar a ilusão de lado para que possamos explorar as possibilidades! Como diz Morin, o dever principal da educação é preparar cada um para enfrentar os não saberes com lucidez. Portanto, além de estarmos atento ao erro, precisamos preparar nossos alunos para enfrentar esse erro e para se ressignificarem a construção que leva ao conhecimento.
E já que estamos escrevendo sobre Morin, deixo um vídeo maravilhoso, de uma palestra desse grande pensador, que fala sobre  o futuro da humanidade:


Que tem muito haver com a questão do erro e em como encaremos esse erro, fala em modernização e sobre a nossa globalização.  E se refletirmos sobre, percebemos que está tudo interligado.