terça-feira, 15 de janeiro de 2019

Reflexão 3º semestre: poesia!

Cordéis dos alunos e alunas


No 3º semestre do curso, tivemos um momento da interdisciplina Literatura Infanto Juvenil e Aprendizagem, um estudo sobre poesia infantilNesse 3º semestre elaborei alguns planos para fazer esse trabalho em sala de aula. Mas efetivamente comecei a entender a poesia, quando passei a ler poesia todos os dias para meus alunos e alunas.
Ler poesia todos os dias, torna a leitura da poesia uma leitura deleite e faz com que os alunos e alunas comecem a ficar familiarizados com as rimas e versos.
Trabalhar poesia com alunos em fase de alfabetização, também é bem mais importante do que dar qualquer texto sem significado. A poesia pode aproximar o sujeito do mundo letrado, ainda mais se forem sobre algo familiar a eles.
Nessa prática de estágio, trabalhei com poesia de cordel, sobre diversidade. Além de lermos poesia, produzimos poesia em grupo e montamos em livrinhos de cordel, onde cada aluno fez o seu e depois fizemos um sarau de poesia na sala de aula. E essa aprendizagem foi bastante significativa.
Segundo o escritor Ferreira Gulla:
É preciso oferecer poesia desde a infância, além de outros livros, que tornem a leitura mais agradável e a transforme num hábito.
Por isso é fundamental o trabalho com poesia na sala de aula, pois além de tornar o ensino significativo, forma sujeitos leitores e até produtores de escrita.



quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

Reflexão sobre 2º semestre: Resgatando memórias



Pensar em resgatar história com os alunos e alunas é pensar em trazer as memórias gravadas na nossa cultura para dentro de sala. E trazer essas memórias de forma lúdica se torna muito mais significativo para esses alunos e alunas. Foi isso que fiz em quando trabalhei com as bonecas Abayomis  e sua lenda em 2015 e novamente quando trabalhei com elas na prática de estágio curricular. Mas minha percepção sobre a forma de trabalhar foi um pouco mais aprofundada nessa momento atual de prática.


Prática de Estágio: turma 32

Gostei muito da interação da turma ao confeccionar as bonecas, eles realmente se empenharam na produção das bonecas, ajudaram os colegas com mais dificuldades e se envolveram com a aula. Fazer  essa  mesma atividade com os alunos e alunas me fez perceber o quanto é importante o professor ser criativo e saber gerir situações didáticas eficazes para a aprendizagem e para o desenvolvimento dos alunos e alunas. Principalmente para desenvolver o processo de leitura e escrita, que cabe a nós professoras oportunizar que os alunos e alunas desenvolvam o raciocínio e a interação  com a língua e nem sempre precisa ser da forma tradicional com quadro e cópia no caderno. Nessa atividade de confecção das Abayomis, eles tiveram que escutar a lenda da boneca, interpretar a lenda, fazer reflexões e comparações com os dias atuais, confeccionar a boneca e depois registrar em forma de história em quadrinhos a lenda e o processo de confecção. A alfabetização e letramento estava presente na atividade do inicio ao fim e não precisamos usar o quadro e a cópia para evidenciar isso.
Como reforça Soares que “A preocupação, nos dias de hoje, não deve centrar-se apenas em ensinar a ler e a escrever, mas também, e, sobretudo, levar as pessoas a utilizarem a leitura e a escrita, envolvendo-se em práticas sociais dessas” (2001, p.03).
Não adianta trabalharmos frases como “A BOCA É BOA” se isso não tiver significado para os alunos e alunas. Ao trabalharmos novamente com as bonecas Abayomis, além de fazermos uma resgate da história e dos nossos laços, o conteúdo se tornou significativo para os alunos e alunas. E a importância do lúdico nessa atividade também foi fundamental, pois torna a sala de aula um lugar de brincar também. E sabemos o quanto o brincar é importante para alunos dessa idade.
Como Tãnia Ramos Fortuna:

A sala de aula é um lugar de brincar se o professor consegue conciliar os objetivos pedagógicos com os desejos dos alunos. Para isto é necessário encontrar o equilíbrio sempre móvel entre o cumprimento de suas funções pedagógicas - ensinar conteúdos e habilidades, ensinar a aprender - e psicológicas - contribuir para o desenvolvimento da subjetividade, para a construção do ser humano autônomo e criativo - na moldura do desempenho das funções sociais - preparar para o exercício da cidadania e da vida coletiva, incentivar a busca da justiça social e da igualdade com respeito à diferença. (FORTUNA, 2000, P.9)

Não fizemos só as bonecas, nós também brincamos, inventamos, criamos e usamos a criatividade para inventar novas histórias. Foi lindo ver os alunos interessados e brincando.