segunda-feira, 30 de maio de 2016

Linguagem!


A linguagem é o maior recurso de interação que vamos ter na vida. É o que nos empodera e nos torna seres inteligentes. Por isso cada pessoa depende da linguagem para viver em sociedade, pois ela é a base da cultura e dificilmente haveria civilização se não fosse o emprego da linguagem e o poder das palavras. É através delas que influenciamos e provocamos as mudanças, quase sempre, necessárias para construir uma vida melhor. Apesar de todo esse empoderamente com a linguagem, os processos de aquisição desta linguagem para surdos são bem diferentes, começando com a negação no início da infância do aprendizado de libras. A criança surda não encontra facilmente uma escola que tenha libras como língua no currículo, precisando deste modo ir para uma escola especialista, não favorecendo deste modo uma interação maior com diferentes pessoas. Tornando também o ensino de libras bastante exclusivo e até excludente. Todos os surdos têm acesso? Não né. Crianças surdas com pais surdos, tem mais possibilidade por ter o contato com a linguagem desde cedo, tornando esse aprendizado pleno e autentico, fazendo com que está criança alcance os patamares do desenvolvimento como qualquer criança ouvinte. Já os que não tem acesso desde cedo, estabelecem formas de comunicações não formais, para se fazerem entender, mas se tornam muitas vezes excluídos da sociedade, pois não utilizam a linguagem conhecida.  “Verifica-se que a Língua de Sinais é utilizada muito mais como um instrumento a fim de ensinar a Língua Portuguesa, que possui prestígio e goza de reconhecimento social dentre os professores que, em sua grande maioria, não possuem fluência em Libras e, tampouco, qualificação metodológica voltada ao ensino de alunos surdos. Em decorrência deste contexto, perde-se a expectativa de excelência que deveria pautar a proposta bilíngue de ensino, também prevista em lei, para os sujeitos surdos...”. Por isso é fundamental para que nós professores, tenhamos essa formação e esse ensino, para estarmos mais preparadas para receber crianças não ouvintes e faze-la se inserir nesse mundo de forma satisfatória. Pode ser utopia devido a todas as mazelas de governo que a educação tem sofrido, mas não podemos deixar de tentar e de acreditar né? Quem pode mudar o mundo? Nós mesmos. A escola não pode continuar sendo esse espaço de exclusão, precisa começar a ser o espaço democrático, onde todos possam se inserir e serem aceitos e qualificados da forma que são. A escola precisa ser o agente transformador desta sociedade e não só o coadjuvante. E os professores são os protagonistas desta transformação. 

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