Historicamente,
o Brasil, não tem uma pedagogia especifica, na escola e em nossa história temos várias sobrepostas e muitas vezes
sem conexão uma com a outra e com a realidade desses nossos alunos. Nós dizemos construtivistas e diabolizamos o
tradicionalismo empirista, mas ainda somos como professores o centro de todo esse "ensino" e queremos ser o
centro da sala de aula, não abrindo mão do nosso poder em prol do aluno, em
prol que esse aluno construa seu saber.
Precisamos refletir nossas metodologias, nossa prática e nosso jeito de ser professora.
Mesmo que essa reflexão nos traga receio e medo. Medo de nos enxergarmos de fato. Pois quando isso ocorre é necessária a mudança. E muitas vezes essa mudança não é comoda. E então, vamos pensar?
"Segundo Almeida e Valente (2011), é preciso privilegiar os processos de formação que
permitam um movimento da teoria à prática, e vice-versa, levando o docente a perder o
medo e a olhar para as suas próprias práticas, desconstruindo-as e (re)construindo-as a
favor dos alunos. É preciso uma compreensão sagaz da necessidade de ir além do currículo,
do lápis e do papel utilizados para representar e explicitar os conhecimentos dos alunos.
É muito importante, portanto, a valorização das experiências, da reflexão sobre a
prática como espaço para a construção e a reconstrução do conhecimento no magistério.
Essa reflexão sobre a prática proporciona uma oportunidade para que os professores
compreendam que o processo educativo deve ser constantemente pensado e repensado, pois
ele é dinâmico e não estático."
segunda-feira, 22 de junho de 2015
domingo, 14 de junho de 2015
Reflexão cotidiana da minha prática
Depois
de ler Becker, comecei a refletir ainda mais minha pratica em sala de aula e me
questionar que tipo de professora estou sendo e se é o que de fato sou ou é o
que simplesmente estou sendo.
Penso
que a implementação da LDB com certeza é um marco para a educação no Brasil,
pois a partir dela começamos a visualizar melhor a escola que tínhamos e a
escola que é preciso fomentar mediante as necessidades humanas tão eminentes no
limiar do século XXI.
Contudo,
este é um processo complexo, e até mesmo doloroso para todos os envolvidos com
o processo educativo, pois, nos propõem um processo de “(re) aprendizagem” da nossa
própria prática pedagógica, tendo que endossar a partir daí uma prática articuladora, transformadora da realidade, capaz de promover um processo baseado na
aprendizagem do aluno, onde este desenvolva-se a partir do conceito de que é
preciso conhecer a conhecer.
Só
que essa (re) aprendizagem e essa reflexão noto que são poucos professores que
fazem, pois não além de estarem conformados, de fato não querem mudar e nem
querem abrir mão do poder que tem.
Então,
penso que deveríamos fazer essa reflexão todos os dias e tentar adequar nosso
planejamento com uma aula construtivista, interdisciplinar, onde os alunos construam
seus saberes. Se não tem como, por pressão social da escola e da comunidade
trabalhar só com esta metodologia, tentar misturar as duas. Creio que qualquer
mudança é bem vinda e pode ajudar muito a turma. Tentar abrir mão desse “poder”
e passar para que o aluno comece a construir seu saber.
Que
tipo de aluno queremos criar? Indivíduos subservientes ou individuo pensante,
critico, criativo e operativo? Nossa metodologia que vai criar esse aluno.
domingo, 7 de junho de 2015
Um pouco de corporeidade....
Pensando
na história de David do filme A.I.
Inteligência Artificial de Kubrick, o pequeno robô, que ao ser ativado pela “mãe”
com um código de ativação onde percebe-se claramente a questão do toque na nuca
e nas palavras “Mônica, David, Mônica” para criar um elo sentimental com o “garoto”
e essa passa a amar e ter uma ligação afetiva com a mãe orga, passa a sonhar
também - como Pinóquio - em se tornar humano para ganhar o amor da mãe. O filme
encontra-se localizado em um tempo futuro indeterminado, em que o efeito estufa
derreteu a calota polar, matou bilhões de pessoas e afundou cidades costeiras
como Nova Iorque e Amsterdã. Quanto à sociedade, esta se divide em orgas - os
orgânicos - e os mecas - os mecânicos -, sendo que os primeiros
encontram-se sob severa restrição para procriar.
Mas nota-se claramente a questão do toque e da importância do afeito para o desenvolvimento cognitivo.
O
desenvolvimento sócio-afetivo está relacionado aos sentimentos e as emoções em
virtude de uma série de interesses, solidariedade, cooperação, motivação e
respeito, visando desenvolver o indivíduo como pessoa, estimulando a formação
de uma personalidade estável e equilibrada, desenvolvendo também o aspecto
cognitivo, que é o desenvolvimento intelectual e a operação dos processos
reflexivos e motor, que trata diretamente do movimento e do desenvolvimento da
criança. Esses processos visam garantir a formação integral (sócio, afetivo,
cognitivo, motor, espiritual) do aluno. (RODRIGUES, 2003, p.41).
O
médico e psicólogo Henri Wallon atribui à emoção – que, como os sentimentos e
desejos, são manifestações da vida afetiva – um papel fundamental no processo
de desenvolvimento e relacionamento humanos. E a questão do toque está incluído
nesse processo sócio-afetivo.
É algo para se pensar né?
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