Pensando
na história de David do filme A.I.
Inteligência Artificial de Kubrick, o pequeno robô, que ao ser ativado pela “mãe”
com um código de ativação onde percebe-se claramente a questão do toque na nuca
e nas palavras “Mônica, David, Mônica” para criar um elo sentimental com o “garoto”
e essa passa a amar e ter uma ligação afetiva com a mãe orga, passa a sonhar
também - como Pinóquio - em se tornar humano para ganhar o amor da mãe. O filme
encontra-se localizado em um tempo futuro indeterminado, em que o efeito estufa
derreteu a calota polar, matou bilhões de pessoas e afundou cidades costeiras
como Nova Iorque e Amsterdã. Quanto à sociedade, esta se divide em orgas - os
orgânicos - e os mecas - os mecânicos -, sendo que os primeiros
encontram-se sob severa restrição para procriar.
Mas nota-se claramente a questão do toque e da importância do afeito para o desenvolvimento cognitivo.
O
desenvolvimento sócio-afetivo está relacionado aos sentimentos e as emoções em
virtude de uma série de interesses, solidariedade, cooperação, motivação e
respeito, visando desenvolver o indivíduo como pessoa, estimulando a formação
de uma personalidade estável e equilibrada, desenvolvendo também o aspecto
cognitivo, que é o desenvolvimento intelectual e a operação dos processos
reflexivos e motor, que trata diretamente do movimento e do desenvolvimento da
criança. Esses processos visam garantir a formação integral (sócio, afetivo,
cognitivo, motor, espiritual) do aluno. (RODRIGUES, 2003, p.41).
O
médico e psicólogo Henri Wallon atribui à emoção – que, como os sentimentos e
desejos, são manifestações da vida afetiva – um papel fundamental no processo
de desenvolvimento e relacionamento humanos. E a questão do toque está incluído
nesse processo sócio-afetivo.
É algo para se pensar né?
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