- Dra Ruth M. Cerqueira Leite, do
Departamento de Psiquiatria da Unicamp -
(Jornal "Folha de São Paulo", Folhetim, 23 de setembro
de 1979)
1)
Ab-Reação - Descarga emocional, pela qual o afeto ligado a uma recordação
traumática é liberado, quando esta, até então inconsciente, chega à
consciência. A ab-reação pode ser provocada durante o processo
terapêutico, mas põe também ocorrer espontaneamente.
2)
Acting-Out - Expressão inglesa, que em sua essência significa substituição
momentânea do pensamento pela ação, onde domina o caráter impulsivo, e a
incapacidade para raciocinar. Na psicanálise é interpretado como o retorno
abrupto de um conteúdo reprimido (ver repressão), cujo afeto é demasiado
intenso para ser descarregado em palavras.
3)
Afeto - Termo geral que designa os sentimentos e emoções. Considera-se que
o afeto nem sempre está ligado à idéia (recordação, representação). No caso em
que a recordação é muito dolorosa e ameaçadora, o ego a reprime (ver repressão)
mas o afeto correspondente pode se deslocar para outras idéias associadas menos
perigosas, ludibriando a censura e liberando-se parcialmente ao chegar à
consciência.
4)
Agorafobia - Forma de fobia onde o indivíduo teme os espaços abertos
(ruas, praças, campos abertos ) e reage com angústia ao ter que enfrentá-los
sozinho.
5)
Angústia - Reação emocional intensa como resposta a um perigo real ou
imaginário (angústia automática). Na psicanálise essa angústia automática é
resultado de uma fluxo incontrolável de excitações de origem interna ou
externa.
6)
Aparelho Psíquico - Designa os modelos concebidos por Freud para explicar
a organização e o funcionamento da mente. Para isso ele propôs algumas
hipóteses entre as quais as mais conhecidas são: hipótese econômica que
concerne essencialmente á quantidade e movimento da energia na atividade
psíquica; a hipótese topográfica que tenta localizar a atividade
mental em alguma parte do aparelho, que ele divide em: consciente pré-consciente e inconsciente; e a hipótese estrutural na
qual ele divide a mente em três instâncias funcionais: Id, ego e superego,
atribuindo a cada uma delas uma função específica.
7)
Catarse - Método terapêutico que permite a evocação e a revivência de
acontecimentos traumáticos que foram reprimidos, permitindo a descarga dos
afetos ligados a estes (ver ab-reação).
8)
Censura - Barreira que impede que ideais e afetos reprimidos no
inconsciente cheguem ao consciente.
9)Claustrofobia
- E ação emocional intensa e injustificada a lugares fechados.
10)
Complexo de Castração - Ao perceber que há pessoas que não possuem pênis,
o menino começa a temer a perda do seu próprio. Sente isso como uma ameaça
paterna por suas atividades sexuais e seus desejos incestuosos. A menina sente
a ausência de pênis como uma perda já consumada e procura de alguma forma
compensá-la. A ansiedade de castração tem um lugar fundamental na evolução da
sexualidade infantil dos dois sexos e aparece constantemente na experiência
analítica subjacente às modalidades de relacionamento do indivíduo com seu
mundo interno e externo.
11)
Complexo de Édipo - De acordo com Freud a criança entre 2 e 5 anos
aproximadamente desenvolve intenso sentimento de amor pelo genitor do sexo
oposto e grande hostilidade pelo do próprio sexo, a quem deseja eliminar como a
um rival. Esses sentimentos geralmente são vividos com grande intensidade e ao
mesmo tempo com grande ambivalência, pois embora odeie o genitor do mesmo sexo,
que o impede de realizar seus desejos, também o ama por tudo de bom que ele
representa. Surge então a culpa e o medo à retaliação (medo à castração). Esse
conflito geralmente declina após a idade de 5 anos e reaparece com o advento da
puberdade, sendo um dos fatores que contribuem para a crise da adolescência. De
uma resolução satisfatória desse conflito depende uma boa estruturação da
personalidade
12)
Condensação - é um processo característico do pensamento inconsciente e no
qual duas (ou mais) imagens se combinam para formar uma imagem composta que
está investida do afeto derivado de ambas. Encontramos exemplos desse processo
nos sonhos principalmente.
13)
Conflito - Na psicanálise, refere-se geralmente, ao conflito interno entre
impulsos instintivos e entre as instâncias (id, ego e superego) e ao conflito
edipiano (Ver Complexo de Édipo).
14)
Defesa - É o conjunto de manobras inconscientes (mecanismos de defesa) que
o ego se utiliza para evita ameaças à sua própria integridade. Essas
ameaças podem surgir pela intensificação dos impulsos instintivos que põem em
perigo o equilíbrio do ego, que tem como função harmonizar esse impulsos
com os imperativos do superego ("consciência moral") e às
exigências da realidade externa.
15)
Ego - É uma das três instâncias (id, ego e superego) que Freud concebeu em
um de seus modelos para explicar o funcionamento da mente humana (ver aparelho
psíquico). O ego é a parte organizada desse sistema que entra em
contato direto com a realidade externa e através de suas funções tem capacidade
de atuar sobre esta numa tentativa de adaptação. Por isso, estão sob o domínio
do ego as percepções sensoriais, os controles e habilidades para
atuar sobre o ambiente, a capacidade de lembrar, comparar e pensar. No âmbito
de sua relações com as outras duas instâncias do sistema e o ego assume
o papel de mediador e integrador dos impulsos instintivos do id (ver id)
e as exigências do superego (ver superego), para adaptá-los à
realidade externa.
16)
Fantasia - refere-se à atividade imaginativa subjacente a todo pensamento
e sensação. As fantasias podem se apresentar sob forma consciente, como
acontece nos sonhos diurnos, ou inconscientes, subjacentes a um conteúdo
manifesto como nos sonhos ou nos sintomas neuróticos etc. Está sempre ligada
intimamente aos desejos instintivos.
17)
Fase Anal - É a Segunda do desenvolvimento libidinal (ver libido), e
está situada entre um e três anos de idade. Nesta fase os interesses da criança
se organizam predominantemente em torno da função anal, pelo prazer que sente
na expulsão e retenção das fezes, que ela agora consegue controlar através de
um crescente domínio muscular. Esse controle tem também conseqüências importantes
no relacionamento interpessoal com o meio ambiente. A criança agora é capaz de
dar e negar (as fezes) de colocar esse controle a serviço as expectativas do
meio ou de sua necessidade e prazer. As atitudes que se formam nessas
interações com o meio vão estabelecer em grande parte as bases de seus futuros
relacionamentos.
18)
Fase Fálica - Nesta fase que vai de 3 a 5 anos aproximadamente, a libido
concentra-se nos órgãos genitais que se tornam a zona erógena predominante. Os
conflitos dessa fase estão ligados ao Complexo de Édipo, com o surgimento
de desejos incestuosos e seu conseqüente temor à castração. Oscila o seu
comportamento entre a iniciativa e a culpa.
19)
Fase de Latência - Inicia-se por volta dos 5 anos e se estende até o
início da puberdade. Caracteriza-se principalmente pelo declínio dos interesses
sexuais, que segundo a teoria psicanalítica são reprimidos e só aparecem na
adolescência. Nessa fase tendo superado em parte os conflitos do Complexo
de Édipo, amplia seu ambiente social procurando estabelecer novos contatos,
assim como se dedica a adquirir novas habilidades na aprendizagem escolar, nos
esportes etc.
20)
Fase Oral - corresponde ao 1º ano de vida de uma criança, onde seus
contatos mais significativos são feitos através da boca. Além de sua função na
alimentação, ela é também a sede principal dos prazeres eróticos da criança
nessa fase. Podemos observar que uma criança inquieta pode se acalmar com uma
chupeta porque a sucção produz uma satisfação erótica que alivia as sensações
do organismo.
Nessa
fase a criança é essencialmente dependente e receptiva. A incorporação e o
modelo básico de seu comportamento nas interações com o meio.
O
relacionamento que estabelece com a mãe nesse período da vida vai ter uma
importância fundamental na forma que a criança vai configurar o mundo e se
relacionar em seu ambiente. Uma boa mãe saberá dosar bem a satisfação das
necessidades de seu bebê e as restrições, o que estabelecerá uma base de
confiança nos futuros relacionamentos.
Distúrbios
no desenvolvimento desta fase geralmente se evidenciam mais tarde por traços de
dependência excessiva de outras pessoas, de alimentos (obesidade), de álcool
(alcoolismo) ou de qualquer outra coisa.
21)
Fixação - Processo pelo qual o indivíduo permanece vinculado a modos de
satisfação ou padrões de comportamento característicos de uma fase anterior de
seu desenvolvimento libidinal (ver libido). A fixação pode ser também a
pessoas significativas da infância. Assim encontramos expressões freqüentemente
usadas na psicanálise como fixação oral, fixação anal, fixação
maternal, fixação paternal. Chamamos pontos de fixação àqueles momentos do
desenvolvimento libidinal que foram perturbados e dos quais o indivíduo
permanece fixado ou dos quais regride em estado de tensão.
22)
Histeria - Tipos de neurose que se caracterizam principalmente pelos
distúrbios funcionais de aparência orgânica, como paralisias, perturbações
sensoriais, crises nervosas, sem evidência de patologia física, e que se
manifestam de modo a sugerir que servem a alguma função psicológica.
As
formas sintomáticas melhor definidas são a "histeria de conversão"
onde o conflito psíquico se expressa nos mais diversos sintomas corporais (como
paralisias, crises emocionais, anestesias) e a "histeria de angústia"
também conhecida como "fobia", onde o agente de perseguição interno é
deslocado e fixado em algum objeto (ver Objeto) do mundo externo.
23)
Idealização - Processo no qual o indivíduo supervaloriza o objeto (ver objeto)
negando-se a ver todos os aspectos que possam desvalorizá-lo.
24)
Identificação - Processo pelo qual o indivíduo se torna idêntico a outro
pela assimilação de traços ou atributos daquele que lhe serve de modelo. Nesse
processo o indivíduo, tanto pode assimilar aspectos de outra pessoa como também
pode, identificar em outros aspectos seus. É através das identificações que
desde o princípio a personalidade se forma e se diferencia.
25)
Id - Uma das instâncias da teoria estrutural (id, ego, superego) do
aparelho psíquico. O Id que opera em nível inconsciente contém os
impulsos instintivos que se originam na organização somática e ganham aqui
expressão psíquica e também idéias e recordações que por serem insuportáveis ao
indivíduo foram reprimidas. É considerado como um reservatório de energia, com
a qual alimenta também as outras instâncias (ego e superego). Porém, não possui
uma organização comparável à do ego, pois é regido pelo Princípio do
Prazer, que busca sempre a satisfação, ignorando as diferenças e contradições e
sem a capacidade de considerar espaço e tempo. Sua interação com as outras
instâncias é geralmente conflituosa pois o ego sob os imperativos do superego e
as exigências da realidade tem que avaliar e controlar os impulsos provindos do Id,
permitindo sua satisfação, adiando-a ou inibindo-a totalmente.
26)
Inconsciente - É possivelmente o conceito mais fundamental da teoria
freudiana. Em seu trabalho Freud demonstrou que o conteúdo da mente não se
reduz ao consciente, mas que pelo contrário a maior parte da vida psíquica se
desenrola em nível inconsciente. Ali se encontram principalmente idéias
(representações de impulsos) reprimidas, às quais é negado o acesso à
consciência mas que têm grande influência na vida consciente. Estas idéias reprimidas
aparecem de forma disfarçada nos sonhos e nos sintomas neuróticos
principalmente e é através do seu conhecimento que podemos chegar até o
conflito neurótico durante um processo terapêutico geralmente. O inconsciente é
uma das entidades do 1º modelo da mente criado por Freud (ver aparelho
psíquico).
27)
Insight - Percepção pelo indivíduo dos significados, antes inconscientes,
subjacentes e seus comportamentos e pensamentos. O Insight pode ser
intelectual onde a compreensão do significado ocorre sem a vivência afetiva
correspondente, ou emocional onde essa compreensão é acompanhada da descarga
emocional.
28)
Libido - É a energia inerente aos movimentos e transformações dos impulsos
sexuais. Ela é a contrapartida psíquica da excitação sexual somática. É uma
palavra latina que significa desejo, vontade.
29)
Masoquismo - É uma forma de perversão sexual na qual a satisfação é obtida
através de sofrimento e humilhação do próprio indivíduo.
30)
Metapsicologia - Termo criado por Freud para designar as formulações que
fez para descrever os fenômenos mentais do ponto de vista dinâmico, tópico e
econômico (ver aparelho psíquico).
31)
Narcisismo - Perversão em que o indivíduo escolhe a si mesmo como objeto
sexual.
32)
Neurose - Em sua essência vai designar os distúrbios dos comportamentos,
sentimentos ou idéias, que surgem como resultado de um conflito entre o id e
o ego, onde uma tendência instintiva é reprimia pelo ego dando lugar á
formação de sintomas neuróticos. Estes sintomas são percebidos pelo indivíduo
como algo estranho e incompreensível dentro do quadro geral de sua
personalidade. Podem consistir de alterações das funções corporais (cegueira
histérica, por exemplo) onde não há nenhuma explicação fisiológica para o distúrbio;
de emoções e ansiedades injustificadas como no caso de neurose obsessiva.
O
que mais caracteriza a neurose em contraste com a psicose é a preservação do
contato do indivíduo com a realidade. Mantém assim apesar das distorções
causadas pelos sintomas uma boa margem de senso crítico e a capacidade de
perceber sua própria doença.
33)
Objeto - Na teoria psicanalítica significa aquilo através do que um
impulso instintivo pode obter satisfação. Pode ser uma pessoa em sua totalidade
ou parte dessa pessoa (como o seio para o bebê)., pode ser uma entidade ou um
ideal. Os objetos podem ser reais ou imaginados.
34)
Paranóia - É uma psicose funcional (ver psicose) que se caracteriza
pela presença de delírios mais ou menos sistematizados, que mantém certa lógica
e coerência interna e sem que haja uma deterioração do intelecto.
35)
Perversão - qualquer forma de conduta sexual adulta, na qual o prazer não
seja obtido pela penetração genital com indivíduo do outro sexo.
36)
Pre-Consciente - Refere-se aos pensamentos que não são conscientes num
dado momento mas que podem chegar espontaneamente à consciência ou por evocação
do próprio indivíduo. Diferem dos pensamentos inconscientes que por terem sido
reprimidos não têm acesso à consciência a não ser em circunstâncias muito
especiais.
Como
substantivo refere-se a um sistema do aparelho psíquico, concebido por Freud
(ver aparelho psíquico).
37)
Projeção - Processo defensivo (ver defesa) no qual o indivíduo
atribui a outro (pessoa ou coisa) sentimentos e desejos que seria penoso
admitir como seus próprios.
38)
Psicanálise - Disciplina criada por Freud que consiste em um método par
investigação dos processos mentais, um método de tratamento das desordens
psíquicas e um corpo e teorias que tenta sistematizar os dados introduzidos
pelos métodos psicanalíticos mencionados acima.
A
técnica psicanalítica de tratamento consiste basicamente em levar o paciente a
associar livremente, isto é, exprimir indiscriminadamente todos os pensamentos
que lhe ocorrem sem preocupação de dar-lhes sentido ou coerência; interpretar
tanto as associações como os obstáculos que encontra ao associar ajudando assim
o paciente a eliminar as resistências que o impedem de tomar contato com os
conflitos inconscientes; e interpretar seus sentimentos e atitudes em relação
ao analista, pois o paciente tende a repetir na relação terapêutica as
modalidades de relacionamento que teve com seus progenitores durante a infância
(ver transferência).
Em
resumo, chamamos psicanálise o trabalho que ajuda o paciente a tornar
conscientes suas experiências reprimidas, expondo assim suas motivações até
então desconhecidas.
39)
Psicose - Perturbação grave das funções psíquicas que se caracteriza
principalmente pela perda de contato com a realidade, pela incapacidade de
adaptação social, por perturbações da comunicação e ausência de consciência da
doença. Para Freud a psicose é resultado do conflito entre o ego e o mundo
exterior. Diante da frustração de fortes desejos infantis, o ego nega
a realidade externa e procura construir através do delírio um mundo interno e
externo de acordo com as tendências do id. A psiquiatria distingue
duas classes de psicoses: as orgânicas onde uma enfermidade orgânica é
encontrada como causa e as funcionais onde não há lesão orgânica demonstrável. Três
formas de psicose funcional são reconhecidas: a esquizofrenia, a psicose
maníaco-depressiva e a paranóia.
40)
Psicose Maníaco Depressiva - Psicose em que se alternam períodos de mania
(euforia, auto-confiança exagerada) e depressão, geralmente com períodos
intermediários de normalidade.
41)
Psicoterapia - Termo comumente usado para designar as formas de tratamento
psicológico que se diferenciam da psicanálise, a qual é uma forma de terapia
mais profunda, mais intensa e total que qualquer outra. A "psicoterapia de
orientação psicanalítica" usa a teoria psicanalítica em combinação com
outras técnicas. A psicoterapia pode ser individual ou em grupo, superficial ou
profunda, de apoio ou sugestiva. Pode ter marcos referenciais teóricos os mais
diversos, como vemos na gestalt, no psicodrama, na análise
transacional etc. Considera-se que de modo geral seu trabalho é feito
principalmente nos níveis mais conscientes da personalidade.
42)
Racionalização - Processo defensivo (ver defesa) no qual o indivíduo
procura justificar suas ações de forma coerente desconhecendo entretanto suas
motivações inconscientes.
43)
Regressão - Processo defensivo do qual o indivíduo, a fim de evitar a
angústia, retorna a uma fase anterior do desenvolvimento, apresentando os
padrões de comportamento daquela fase.
44)
Repressão - Mecanismo de defesa do ego (ver defesa)., pelo qual as
representações de impulsos que podem produzir angústia são mantidas recalcadas
no inconsciente.
45)
Sadismo - Perversão sexual, na qual o prazer erótico está vinculado ao
sofrimento e humilhação que o indivíduo inflige a outro.
46)
Sublimação - Processo pelo qual a energia dos instintos sexuais é
deslocada para atividades ou realizações de valor social ou cultural, como as
atividades artísticas ou intelectuais.
47)
Superego - Uma das três instâncias da personalidade, que Freud concebeu em
um dos modelos do aparelho psíquico (ver aparelho psíquico). O superego é
formado a partir das identificações com os genitores, dos quais ele assimila as
ordens e proibições. Assume então o papel de juiz e vigilante, formando uma
espécie de auto-consciência moral Os mandatos do superego incluem
muitos elementos inconscientes que derivam do passado do indivíduo e que podem
entrar em conflito com seus valores atuais.
Com
relação as outras instâncias, ele é o controlador por excelência dos impulsos
do id e age como colaborador nas funções do ego, mas muitas
vezes ele se torna extremamente severo anulando as possibilidades de satisfação
instintiva e a capacidade de livre escolha do ego.
48)
Transferência - É um processo pelo qual o indivíduo recapitula em suas
relações atuais, especialmente com seu terapeuta, as relações que teve com seus
genitores na infância. A transferência se dá geralmente com pessoas que
representam alguma autoridade como no relacionamento professor-aluno,
médico-paciente, patrão-empregado. Freud, a princípio encontrou na transferência
um obstáculo para o tratamento, porém mais tarde utilizou-a como uma parte
essencial do processo terapêutico.