terça-feira, 27 de outubro de 2015

Infância e pós-modernidade!

Percebe-se que o termo pós-moderno possui muitas definições e diferentes posicionamento dos autores e desacordos também. Penso que poderíamos definir como contemporaneidade, inicialmente. Sendo também uma ruptura com a modernidade em função do prefixo pós. Podemos destacar também o fortalecimento de um mundo homogeneizado, numa visão marxista. Lyotard, acredita que a experiência da pós-modernidade decorreria da perda de nossas crenças e visões totalizantes da história. Já Lipovetsky supõe que o termo “pós-moderno” entrou em voga e que hoje e a sociedade está em transição para “os tempos hipermodernos” e já vê que o homem hipermoderno está fragilizado pelo medo de uma era de exageros, consumismo e individualismo. Ao passo que Bauman tenta esclarecer a uma confusão semântica, entre o pós-modernismo e o pós-modernidade. O primeiro seria uma forma de ver o mundo e o outro se refere a uma sociedade, uma condição humana. E Bauman mesmo, cria o termo “Modernidade Liquida”, onde fala sobre a passagem da modernidade Sólida para Modernidade Líquida. Pois estamos numa época que nada é mais sólido, as coisas deixaram de serem rígidas e sofrem pressão para moldar-se a novas formas, que veem de encontro com a nova sociedade, onde as coisas se movem com mais facilidade e há uma extraordinária mobilidade, onde a liquidez se faz associação com a leveza. E o que acontece no mundo contemporâneo é o “derretimento” dos sólidos, da solidez das próprias forças que pretendiam gerar e manter a ordem e esse “derretimento” não se transforma em algo sólido e sim em estado fluido. “Tudo o que era sólido se desmancha no ar, tudo o que era sagrado é profanado, e as pessoas são finalmente forçadas a encarar com serenidade sua posição social e suas relações recíprocas”.


Do ponto de vista desta nova sociedade, percebe-se a influência da mídia nos sujeitos, principalmente nas crianças que ainda não formaram todo seu pensamento crítico com as coisas, a mídia tem sido uma das principais produtoras das representações que compartilhamos principalmente o vicio do smartphone, não querendo dizer que é uma representação negativa, mas para ver como as coisas já estão deixando de serem sólidas pois já não importa mais, segundo o texto, expor fortuna e sim parecer jovem e realçar beleza. E nossas casas são bombardeadas a todo tempo através da mídia com padrões de beleza impostos e por isso acabamos nos exigindo para atingirmos esse objetivo do “ideal”, consumindo coisas que a mídia nos vende. E nossa cultura está dominada por imagens onde a mídia tem o papel principal para se criar um universo de ilusão. Penso que as redes sociais são um exemplo forte do “mundo irreal”, onde todos querem ser lindos, maravilhosos e felizes. E as crianças são as que mais sofrem com essa sociedade consumista, seja positivamente ou negativamente, atualmente as crianças necessitam estar sempre conectas para não perderem o que acontece, mesmo que sejam acontecimentos fugazes. Existe também a cobrança em cima dessa infância, onde não se pode de fato ser criança, já são mini adultos em formação e precisam de elementos para isso. Fora que esta criança, precisa estar o tempo todo consumindo informação, o cérebro acaba não descansando.  E isso é abusivo, pois influencia até na relação com os pais, pois elas se tornam distantes da vida real para se tornarem “bonecos infláveis” da vida de ilusão.  Pois, “tudo que é sólido se desfaz no ar”.


domingo, 25 de outubro de 2015

Escrita Cooperativa

Com o trabalho da interdisciplinar de seminário integrador, de escrita cooperativa, percebi que tive muita resistência e já fazendo uma comparação com meus alunos, comecei a entende-los melhor nesse processo de construir um texto coletivo.
Apresentei resistência, pois eu introduzi a história e já tinha toda ela elaborada na minha cabeça, mas as colegas de grupo foram dando outra direção, que nem sempre me satisfez, mas tendo em vista que é um trabalho em grupo, precisamos trabalhar juntas, o que não foi muito bem o caso, já que cada uma deu continuidade a escrita da outra sem questionarmos o que a outra queria dizer.  Percebo que com meus alunos acontecem o mesmo, eles querem deter a escrita dos seus textos, muitas vezes largando de mão quando não evolui da forma que querem, o mesmo está acontecendo comigo, não estou vendo prazer em elaborar esse texto.

Como podemos melhorar isso em sala de aula e como posso melhorar isso como aluna?

Esse trabalho de produção coletiva, deve vir desde a educação infantil, moldando o aluno para a coletividade, nunca fiz até este momento trabalho de produção coletiva. Olha a minha resistência ao novo, a abrir mão de deter o saber do texto para trabalhar com minhas visões, já que que a escrita sempre traz a bagagem de quem escreve.
Com os alunos para a realização desta atividade é necessário que já tenha sido trabalhado com o aluno algumas habilidades de leitura, através de diferentes estratégias, a fim de que ele seja capaz de ler; de interpretar: ilustrações, pequenos textos e histórias. Além da utilização dos recursos das TICs como: tablet, laptop, máquina fotográfica e filmadora. Inovar a aula, para fazer com que esse aluno seja instigado a escrever coletivamente um texto.Já eu como aluna, devo analisar a produção coletiva do meu grupo e ler, verificando se precisa de ajustes. Siga as dicas: Releia a história várias vezes; Veja se é preciso acrescentar mais informações; observe se tem o título; Pesquisar a escrita de palavras que despertarem dúvidas; Verifique se a história pode ser compreendida pelo leitor. E principalmente, trabalhar coletivamente.



quinta-feira, 22 de outubro de 2015

GLOSSÁRIO COM TERMOS PSICANALÍTICOS


- Dra Ruth M. Cerqueira Leite, do Departamento de Psiquiatria da Unicamp -
(Jornal "Folha de São Paulo", Folhetim, 23 de setembro de 1979)

1) Ab-Reação - Descarga emocional, pela qual o afeto ligado a uma recordação traumática é liberado, quando esta, até então inconsciente, chega à consciência. A ab-reação pode ser provocada durante o processo terapêutico, mas põe também ocorrer espontaneamente.
2) Acting-Out - Expressão inglesa, que em sua essência significa substituição momentânea do pensamento pela ação, onde domina o caráter impulsivo, e a incapacidade para raciocinar. Na psicanálise é interpretado como o retorno abrupto de um conteúdo reprimido (ver repressão), cujo afeto é demasiado intenso para ser descarregado em palavras.
3) Afeto - Termo geral que designa os sentimentos e emoções. Considera-se que o afeto nem sempre está ligado à idéia (recordação, representação). No caso em que a recordação é muito dolorosa e ameaçadora, o ego a reprime (ver repressão) mas o afeto correspondente pode se deslocar para outras idéias associadas menos perigosas, ludibriando a censura e liberando-se parcialmente ao chegar à consciência.
4) Agorafobia - Forma de fobia onde o indivíduo teme os espaços abertos (ruas, praças, campos abertos ) e reage com angústia ao ter que enfrentá-los sozinho.
5) Angústia - Reação emocional intensa como resposta a um perigo real ou imaginário (angústia automática). Na psicanálise essa angústia automática é resultado de uma fluxo incontrolável de excitações de origem interna ou externa.
6) Aparelho Psíquico - Designa os modelos concebidos por Freud para explicar a organização e o funcionamento da mente. Para isso ele propôs algumas hipóteses entre as quais as mais conhecidas são: hipótese econômica que concerne essencialmente á quantidade e movimento da energia na atividade psíquica; a hipótese topográfica que tenta localizar a atividade mental em alguma parte do aparelho, que ele divide em: consciente pré-consciente e inconsciente; e a hipótese estrutural na qual ele divide a mente em três instâncias funcionais: Id, ego e superego, atribuindo a cada uma delas uma função específica.
7) Catarse - Método terapêutico que permite a evocação e a revivência de acontecimentos traumáticos que foram reprimidos, permitindo a descarga dos afetos ligados a estes (ver ab-reação).
8) Censura - Barreira que impede que ideais e afetos reprimidos no inconsciente cheguem ao consciente.
9)Claustrofobia - E ação emocional intensa e injustificada a lugares fechados.
10) Complexo de Castração - Ao perceber que há pessoas que não possuem pênis, o menino começa a temer a perda do seu próprio. Sente isso como uma ameaça paterna por suas atividades sexuais e seus desejos incestuosos. A menina sente a ausência de pênis como uma perda já consumada e procura de alguma forma compensá-la. A ansiedade de castração tem um lugar fundamental na evolução da sexualidade infantil dos dois sexos e aparece constantemente na experiência analítica subjacente às modalidades de relacionamento do indivíduo com seu mundo interno e externo.
11) Complexo de Édipo - De acordo com Freud a criança entre 2 e 5 anos aproximadamente desenvolve intenso sentimento de amor pelo genitor do sexo oposto e grande hostilidade pelo do próprio sexo, a quem deseja eliminar como a um rival. Esses sentimentos geralmente são vividos com grande intensidade e ao mesmo tempo com grande ambivalência, pois embora odeie o genitor do mesmo sexo, que o impede de realizar seus desejos, também o ama por tudo de bom que ele representa. Surge então a culpa e o medo à retaliação (medo à castração). Esse conflito geralmente declina após a idade de 5 anos e reaparece com o advento da puberdade, sendo um dos fatores que contribuem para a crise da adolescência. De uma resolução satisfatória desse conflito depende uma boa estruturação da personalidade
12) Condensação - é um processo característico do pensamento inconsciente e no qual duas (ou mais) imagens se combinam para formar uma imagem composta que está investida do afeto derivado de ambas. Encontramos exemplos desse processo nos sonhos principalmente.
13) Conflito - Na psicanálise, refere-se geralmente, ao conflito interno entre impulsos instintivos e entre as instâncias (id, ego e superego) e ao conflito edipiano (Ver Complexo de Édipo).
14) Defesa - É o conjunto de manobras inconscientes (mecanismos de defesa) que o ego se utiliza para evita ameaças à sua própria integridade. Essas ameaças podem surgir pela intensificação dos impulsos instintivos que põem em perigo o equilíbrio do ego, que tem como função harmonizar esse impulsos com os imperativos do superego ("consciência moral") e às exigências da realidade externa.
 15) Ego - É uma das três instâncias (id, ego e superego) que Freud concebeu em um de seus modelos para explicar o funcionamento da mente humana (ver aparelho psíquico). O ego é a parte organizada desse sistema que entra em contato direto com a realidade externa e através de suas funções tem capacidade de atuar sobre esta numa tentativa de adaptação. Por isso, estão sob o domínio do ego as percepções sensoriais, os controles e habilidades para atuar sobre o ambiente, a capacidade de lembrar, comparar e pensar. No âmbito de sua relações com as outras duas instâncias do sistema e o ego assume o papel de mediador e integrador dos impulsos instintivos do id (ver id) e as exigências do superego (ver superego), para adaptá-los à realidade externa.
16) Fantasia - refere-se à atividade imaginativa subjacente a todo pensamento e sensação. As fantasias podem se apresentar sob forma consciente, como acontece nos sonhos diurnos, ou inconscientes, subjacentes a um conteúdo manifesto como nos sonhos ou nos sintomas neuróticos etc. Está sempre ligada intimamente aos desejos instintivos.
17) Fase Anal - É a Segunda do desenvolvimento libidinal (ver libido), e está situada entre um e três anos de idade. Nesta fase os interesses da criança se organizam predominantemente em torno da função anal, pelo prazer que sente na expulsão e retenção das fezes, que ela agora consegue controlar através de um crescente domínio muscular. Esse controle tem também conseqüências importantes no relacionamento interpessoal com o meio ambiente. A criança agora é capaz de dar e negar (as fezes) de colocar esse controle a serviço as expectativas do meio ou de sua necessidade e prazer. As atitudes que se formam nessas interações com o meio vão estabelecer em grande parte as bases de seus futuros relacionamentos.
18) Fase Fálica - Nesta fase que vai de 3 a 5 anos aproximadamente, a libido concentra-se nos órgãos genitais que se tornam a zona erógena predominante. Os conflitos dessa fase estão ligados ao Complexo de Édipo, com o surgimento de desejos incestuosos e seu conseqüente temor à castração. Oscila o seu comportamento entre a iniciativa e a culpa.
19) Fase de Latência - Inicia-se por volta dos 5 anos e se estende até o início da puberdade. Caracteriza-se principalmente pelo declínio dos interesses sexuais, que segundo a teoria psicanalítica são reprimidos e só aparecem na adolescência. Nessa fase tendo superado em parte os conflitos do Complexo de Édipo, amplia seu ambiente social procurando estabelecer novos contatos, assim como se dedica a adquirir novas habilidades na aprendizagem escolar, nos esportes etc.
20) Fase Oral - corresponde ao 1º ano de vida de uma criança, onde seus contatos mais significativos são feitos através da boca. Além de sua função na alimentação, ela é também a sede principal dos prazeres eróticos da criança nessa fase. Podemos observar que uma criança inquieta pode se acalmar com uma chupeta porque a sucção produz uma satisfação erótica que alivia as sensações do organismo.
Nessa fase a criança é essencialmente dependente e receptiva. A incorporação e o modelo básico de seu comportamento nas interações com o meio.
O relacionamento que estabelece com a mãe nesse período da vida vai ter uma importância fundamental na forma que a criança vai configurar o mundo e se relacionar em seu ambiente. Uma boa mãe saberá dosar bem a satisfação das necessidades de seu bebê e as restrições, o que estabelecerá uma base de confiança nos futuros relacionamentos.
Distúrbios no desenvolvimento desta fase geralmente se evidenciam mais tarde por traços de dependência excessiva de outras pessoas, de alimentos (obesidade), de álcool (alcoolismo) ou de qualquer outra coisa.
21) Fixação - Processo pelo qual o indivíduo permanece vinculado a modos de satisfação ou padrões de comportamento característicos de uma fase anterior de seu desenvolvimento libidinal (ver libido). A fixação pode ser também a pessoas significativas da infância. Assim encontramos expressões freqüentemente usadas na psicanálise como fixação oral, fixação anal, fixação maternal, fixação paternal. Chamamos pontos de fixação àqueles momentos do desenvolvimento libidinal que foram perturbados e dos quais o indivíduo permanece fixado ou dos quais regride em estado de tensão.
22) Histeria - Tipos de neurose que se caracterizam principalmente pelos distúrbios funcionais de aparência orgânica, como paralisias, perturbações sensoriais, crises nervosas, sem evidência de patologia física, e que se manifestam de modo a sugerir que servem a alguma função psicológica.
As formas sintomáticas melhor definidas são a "histeria de conversão" onde o conflito psíquico se expressa nos mais diversos sintomas corporais (como paralisias, crises emocionais, anestesias) e a "histeria de angústia" também conhecida como "fobia", onde o agente de perseguição interno é deslocado e fixado em algum objeto (ver Objeto) do mundo externo.
23) Idealização - Processo no qual o indivíduo supervaloriza o objeto (ver objeto) negando-se a ver todos os aspectos que possam desvalorizá-lo.
24) Identificação - Processo pelo qual o indivíduo se torna idêntico a outro pela assimilação de traços ou atributos daquele que lhe serve de modelo. Nesse processo o indivíduo, tanto pode assimilar aspectos de outra pessoa como também pode, identificar em outros aspectos seus. É através das identificações que desde o princípio a personalidade se forma e se diferencia.
25) Id - Uma das instâncias da teoria estrutural (id, ego, superego) do aparelho psíquico. O Id que opera em nível inconsciente contém os impulsos instintivos que se originam na organização somática e ganham aqui expressão psíquica e também idéias e recordações que por serem insuportáveis ao indivíduo foram reprimidas. É considerado como um reservatório de energia, com a qual alimenta também as outras instâncias (ego e superego). Porém, não possui uma organização comparável à do ego, pois é regido pelo Princípio do Prazer, que busca sempre a satisfação, ignorando as diferenças e contradições e sem a capacidade de considerar espaço e tempo. Sua interação com as outras instâncias é geralmente conflituosa pois o ego sob os imperativos do superego e as exigências da realidade tem que avaliar e controlar os impulsos provindos do Id, permitindo sua satisfação, adiando-a ou inibindo-a totalmente.
26) Inconsciente - É possivelmente o conceito mais fundamental da teoria freudiana. Em seu trabalho Freud demonstrou que o conteúdo da mente não se reduz ao consciente, mas que pelo contrário a maior parte da vida psíquica se desenrola em nível inconsciente. Ali se encontram principalmente idéias (representações de impulsos) reprimidas, às quais é negado o acesso à consciência mas que têm grande influência na vida consciente. Estas idéias reprimidas aparecem de forma disfarçada nos sonhos e nos sintomas neuróticos principalmente e é através do seu conhecimento que podemos chegar até o conflito neurótico durante um processo terapêutico geralmente. O inconsciente é uma das entidades do 1º modelo da mente criado por Freud (ver aparelho psíquico).
27) Insight - Percepção pelo indivíduo dos significados, antes inconscientes, subjacentes e seus comportamentos e pensamentos. O Insight pode ser intelectual onde a compreensão do significado ocorre sem a vivência afetiva correspondente, ou emocional onde essa compreensão é acompanhada da descarga emocional.
 28) Libido - É a energia inerente aos movimentos e transformações dos impulsos sexuais. Ela é a contrapartida psíquica da excitação sexual somática. É uma palavra latina que significa desejo, vontade.
29) Masoquismo - É uma forma de perversão sexual na qual a satisfação é obtida através de sofrimento e humilhação do próprio indivíduo.
30) Metapsicologia - Termo criado por Freud para designar as formulações que fez para descrever os fenômenos mentais do ponto de vista dinâmico, tópico e econômico (ver aparelho psíquico).
31) Narcisismo - Perversão em que o indivíduo escolhe a si mesmo como objeto sexual.
32) Neurose - Em sua essência vai designar os distúrbios dos comportamentos, sentimentos ou idéias, que surgem como resultado de um conflito entre o id e o ego, onde uma tendência instintiva é reprimia pelo ego dando lugar á formação de sintomas neuróticos. Estes sintomas são percebidos pelo indivíduo como algo estranho e incompreensível dentro do quadro geral de sua personalidade. Podem consistir de alterações das funções corporais (cegueira histérica, por exemplo) onde não há nenhuma explicação fisiológica para o distúrbio; de emoções e ansiedades injustificadas como no caso de neurose obsessiva.
O que mais caracteriza a neurose em contraste com a psicose é a preservação do contato do indivíduo com a realidade. Mantém assim apesar das distorções causadas pelos sintomas uma boa margem de senso crítico e a capacidade de perceber sua própria doença.
33) Objeto - Na teoria psicanalítica significa aquilo através do que um impulso instintivo pode obter satisfação. Pode ser uma pessoa em sua totalidade ou parte dessa pessoa (como o seio para o bebê)., pode ser uma entidade ou um ideal. Os objetos podem ser reais ou imaginados.
 34) Paranóia - É uma psicose funcional (ver psicose) que se caracteriza pela presença de delírios mais ou menos sistematizados, que mantém certa lógica e coerência interna e sem que haja uma deterioração do intelecto.
35) Perversão - qualquer forma de conduta sexual adulta, na qual o prazer não seja obtido pela penetração genital com indivíduo do outro sexo.
36) Pre-Consciente - Refere-se aos pensamentos que não são conscientes num dado momento mas que podem chegar espontaneamente à consciência ou por evocação do próprio indivíduo. Diferem dos pensamentos inconscientes que por terem sido reprimidos não têm acesso à consciência a não ser em circunstâncias muito especiais.
Como substantivo refere-se a um sistema do aparelho psíquico, concebido por Freud (ver aparelho psíquico).
37) Projeção - Processo defensivo (ver defesa) no qual o indivíduo atribui a outro (pessoa ou coisa) sentimentos e desejos que seria penoso admitir como seus próprios.
38) Psicanálise - Disciplina criada por Freud que consiste em um método par investigação dos processos mentais, um método de tratamento das desordens psíquicas e um corpo e teorias que tenta sistematizar os dados introduzidos pelos métodos psicanalíticos mencionados acima.
A técnica psicanalítica de tratamento consiste basicamente em levar o paciente a associar livremente, isto é, exprimir indiscriminadamente todos os pensamentos que lhe ocorrem sem preocupação de dar-lhes sentido ou coerência; interpretar tanto as associações como os obstáculos que encontra ao associar ajudando assim o paciente a eliminar as resistências que o impedem de tomar contato com os conflitos inconscientes; e interpretar seus sentimentos e atitudes em relação ao analista, pois o paciente tende a repetir na relação terapêutica as modalidades de relacionamento que teve com seus progenitores durante a infância (ver transferência).
Em resumo, chamamos psicanálise o trabalho que ajuda o paciente a tornar conscientes suas experiências reprimidas, expondo assim suas motivações até então desconhecidas.
39) Psicose - Perturbação grave das funções psíquicas que se caracteriza principalmente pela perda de contato com a realidade, pela incapacidade de adaptação social, por perturbações da comunicação e ausência de consciência da doença. Para Freud a psicose é resultado do conflito entre o ego e o mundo exterior. Diante da frustração de fortes desejos infantis, o ego nega a realidade externa e procura construir através do delírio um mundo interno e externo de acordo com as tendências do id. A psiquiatria distingue duas classes de psicoses: as orgânicas onde uma enfermidade orgânica é encontrada como causa e as funcionais onde não há lesão orgânica demonstrável. Três formas de psicose funcional são reconhecidas: a esquizofrenia, a psicose maníaco-depressiva e a paranóia.
40) Psicose Maníaco Depressiva - Psicose em que se alternam períodos de mania (euforia, auto-confiança exagerada) e depressão, geralmente com períodos intermediários de normalidade.
41) Psicoterapia - Termo comumente usado para designar as formas de tratamento psicológico que se diferenciam da psicanálise, a qual é uma forma de terapia mais profunda, mais intensa e total que qualquer outra. A "psicoterapia de orientação psicanalítica" usa a teoria psicanalítica em combinação com outras técnicas. A psicoterapia pode ser individual ou em grupo, superficial ou profunda, de apoio ou sugestiva. Pode ter marcos referenciais teóricos os mais diversos, como vemos na gestalt, no psicodrama, na análise transacional etc. Considera-se que de modo geral seu trabalho é feito principalmente nos níveis mais conscientes da personalidade.
42) Racionalização - Processo defensivo (ver defesa) no qual o indivíduo procura justificar suas ações de forma coerente desconhecendo entretanto suas motivações inconscientes.
43) Regressão - Processo defensivo do qual o indivíduo, a fim de evitar a angústia, retorna a uma fase anterior do desenvolvimento, apresentando os padrões de comportamento daquela fase.
44) Repressão - Mecanismo de defesa do ego (ver defesa)., pelo qual as representações de impulsos que podem produzir angústia são mantidas recalcadas no inconsciente.
45) Sadismo - Perversão sexual, na qual o prazer erótico está vinculado ao sofrimento e humilhação que o indivíduo inflige a outro.
46) Sublimação - Processo pelo qual a energia dos instintos sexuais é deslocada para atividades ou realizações de valor social ou cultural, como as atividades artísticas ou intelectuais.
47) Superego - Uma das três instâncias da personalidade, que Freud concebeu em um dos modelos do aparelho psíquico (ver aparelho psíquico). O superego é formado a partir das identificações com os genitores, dos quais ele assimila as ordens e proibições. Assume então o papel de juiz e vigilante, formando uma espécie de auto-consciência moral Os mandatos do superego incluem muitos elementos inconscientes que derivam do passado do indivíduo e que podem entrar em conflito com seus valores atuais.
Com relação as outras instâncias, ele é o controlador por excelência dos impulsos do id e age como colaborador nas funções do ego, mas muitas vezes ele se torna extremamente severo anulando as possibilidades de satisfação instintiva e a capacidade de livre escolha do ego.
48) Transferência - É um processo pelo qual o indivíduo recapitula em suas relações atuais, especialmente com seu terapeuta, as relações que teve com seus genitores na infância. A transferência se dá geralmente com pessoas que representam alguma autoridade como no relacionamento professor-aluno, médico-paciente, patrão-empregado. Freud, a princípio encontrou na transferência um obstáculo para o tratamento, porém mais tarde utilizou-a como uma parte essencial do processo terapêutico.

sábado, 17 de outubro de 2015

Conceito de sexualidade


Atualmente, têm-se realizado muitos estudos a respeito da sexualidade humana, pois essa é extremamente importante em todas as fases do nosso desenvolvimento. A sexualidade tem grande relevância no desenvolvimento e na vida psíquica das pessoas, pois relaciona-se com a busca do prazer, necessidade fundamental dos seres humanos. Segundo Freud, a sexualidade "é algo inerente, que se manifesta desde o momento do nascimento até a morte, de formas diferentes a cada etapa do desenvolvimento." Sendo dele toda a desmistificação da sexualidade infantil e que se tornou um ponto de virada importante em toda nossa sociedade.  Ele descreve todo o impacto das experiências da infância sobre o caráter do adulto, reconhecendo a atividade e o aprendizado sexual das crianças e esses experimentos nos esclarecem e nos fazem entender o comportamento infantil até hoje. A dimensão da sexualidade não está vinculada apenas ao aspecto corporal. Ela tem a ver com o mais profundo do nosso ser, com a nossa razão e com os sentimentos. A sexualidade não se refere apenas à questão biológica, ao conjunto de características funcionais e anatômicas do corpo humano, ao ato sexual. A concepção de sexualidade é, porém, muito mais ampla, pois refere-se às questões da razão e dos sentimentos, sendo também uma questão cultural.

#DICA
Apresento um divertido projeto "Aventuras do filho de Freud" que coincide e ilustra esse tema, ao hipotetizar sobre possíveis traumáticas aventuras do filho do mestre Sigmund, em sua condição de Pai. 

Contribuições de Freud para a Educação



Penso que existiram três homens que mudaram muita nossa concepção de mundo. Sócrates com seu discurso e filosofia, Copérnico que depôs o geocentrismo e Freud com sua psicanálise. Ela contribui para a evolução da nossa sociedade até os dias de hoje. Freud é conhecimento no mundo todo por todos, todo mundo já falou o bordão clichê “Freud explica”, mesmo sendo leigo na teoria. Todos sabem que Freud explica e nos explica de uma maneira rica e conceituosa. A psicanálise efetuou um estudo do desenvolvimento dos seres humanos, de suas forças interiores, de suas inter-relações. Freud também estudou as questões feministas e empoderou a mulher, apesar das acusações de que Freud seria um misógino, mas percebe-se claramente nos anais da psicanalise a trajetória das mulheres e revelam o legado dessas ideias para o feminismo contemporâneo, e ele fazia isso justamente com as mulheres da sua vida.  A Psicanálise pôde clarificar a compreensão dos processos de aprendizagem e ensino. Embora Freud não tenha feito menção diretamente a educação, seus estudos, teorias e práticas enriqueceram muito a educação. A teoria da sexualidade infantil espantou a sociedade da época, que acreditava na manifestação sexual apenas depois da puberdade. Segundo Freud, o prazer sexual começa a partir do início da existência de cada pessoa e passa por fases e essas fases que estudamos até hoje nos ajudam a entendermos o comportamento dos nossos alunos. E continuam contribuindo juntamente com as teorias comportamentais. A obra de Freud voltou-se dominantemente para a terapia como sabemos, mas ao estabelecer analogia com a educação, ele diz: "A educação e a terapêutica acham-se em relação atribuível uma com a outra”. 


quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Dia dos professores!

Que neste dia dos professores possamos continuar acreditando que vamos mudar o mundo através da educação e que possamos continuar fazendo acontecer essas mudanças em nossas salas de aula! <3


sábado, 10 de outubro de 2015

Um pensamento brilhante...



"Todo professor que atua na Educação Infantil e Anos Iniciais deve se considerar alfabetizador. A alfabetização, entendida do ponto de vista construtivista, é um processo que se completa ao longo do tempo e não se resume à decodificação, ou às primeiras séries. Defendo a ideia de que todo professor, independente de área ou etapa de atuação, deveria compreender esse processo, o que não significa atuar em seu início.

Em função disso, quanto mais os docentes assumirem a alfabetização como processo, mais leitores formaremos."

Pensamento da Professora Darli Collares. Emoticon heart

Sobre alfabetização...

Fui alfabetizada no final dos anos 80, onde os professores estavam pensando em novas metodologias. Ou seja, havia uma alternância entre o “método da abelhinha” e o chamado “novo construtivismo”. Emília Ferreiro estava no auge nessa época ao mesmo tempo que a cartilha era o livro base da minha professora de primeira série. Saí da 1ª série lendo e escrevendo com uma letra bem desenhada, devido aos incontáveis exercícios de caligrafia que fazia na escola e em casa. Mas, não sai letrada da 1ª série, o que era bastante compreensível naquela época, visto que os professores nem sabiam o que era letramento. Eu era uma aluna com déficit de atenção, o que também não era compreendido pela minha professora, que me taxava de desleixada e incomodativa. Nessa época os problemas de aprendizado não eram estudados também. Minha professora, detinha todo o saber e minha mãe concordava com ela, eu era vista como uma “folha em branco” que estava aprendendo tudo na escola. Atualmente temos Becker para nos explicar as epistemologias.
Hoje, sendo alfabetizadora há 9 anos, não julgo a minha professora. Falar sobre alfabetização é fácil, difícil é praticar todas as teorias e metodologias estudadas. É um desafio achar o jeito certo de ensinar e letrar uma criança. Eu na minha sala de aula não sigo nenhuma metodologia especifica, tento misturar várias. Geralmente, parto do todo para a unidade utilizando também a fonética. E tento construir atividades significativas para meus alunos, inclusive o famoso alfabeto que fica em cima do quadro, na minha sala o utilizo de outra forma. Tornar o ambiente alfabetizador onde a criança se identifique. Não me sinto uma professora construtivista e noto que a maioria dos professores que se dizem não sabem de fato o que é o construtivismo. Entende que o construtivismo é uma teoria e não uma metodologia.
Fazer com que o aluno participe ativamente do próprio aprendizado ao mesmo tempo que esse aluno não pode escolher o tipo de letra com que quer escrever é um tanto contraditório. Letra cursiva em ciclo de alfabetização? O aluno precisa ler e entender o que está escrevendo, não adianta ter a letra linda e não assimilar as letras que escreve. Tenho uma crítica bem forte quanto ao uso da letra cursiva. Outra preocupação quanto a alfabetização, recai sobre aqueles alunos que não evoluem no processo de escrita alfabética. O que fazemos nós alfabetizadoras? E quando a família deste aluno não colabora com a escola e nem se importa em ajudar esse aluno no seu processo. O que fazemos? E será que precisamos padronizar essas crianças na mesma caixa e na mesma hipótese? A sociedade está tão multicultural, porque as teorias e metodologias não estão dando conta dessa multicultura? Volto a perguntar, o que nós alfabetizadora fazemos?
Penso também que não basta o aluno reconhecer as letras do alfabeto e seus sons e juntar as sílabas e formar palavras. O aluno precisa entender o que ele lê e precisa saber vivenciar o que está lendo e escrevendo. Precisa compreender que escrever e ler não é só para o professor corrigir, é para a vida. Não precisamos de exercícios mecânicos para tornar esse aluno um copista, o que precisamos é de atividades para fazer esse aluno pensar e desta forma construir seu saber. E como ter todas essas atividades necessárias, quanto o governo não dá suporte?
O professor precisa se despir do seu ego de professor que sabe tudo e ir buscar o que melhor cabe para seus alunos. Os índices de alfabetização não estão bons, mas não somos quantitativos, precisamos começar a refletir sobre nossa pratica de alfabetizadores e tentarmos melhorar isso em sala de aula, números não importam, a qualidade de ensino sim.