Percebe-se que o termo pós-moderno possui
muitas definições e diferentes posicionamento dos autores e desacordos também.
Penso que poderíamos definir como contemporaneidade, inicialmente. Sendo também
uma ruptura com a modernidade em função do prefixo pós. Podemos destacar também
o fortalecimento de um mundo homogeneizado, numa visão marxista. Lyotard,
acredita que a experiência da pós-modernidade decorreria da perda de nossas
crenças e visões totalizantes da história. Já Lipovetsky supõe que o termo
“pós-moderno” entrou em voga e que hoje e a sociedade está em transição para
“os tempos hipermodernos” e já vê que o homem hipermoderno está fragilizado
pelo medo de uma era de exageros, consumismo e individualismo. Ao passo que
Bauman tenta esclarecer a uma confusão semântica, entre o
pós-modernismo e o pós-modernidade. O primeiro seria uma forma de ver o mundo e
o outro se refere a uma sociedade, uma condição humana. E Bauman mesmo, cria o
termo “Modernidade Liquida”, onde fala sobre a passagem da modernidade Sólida
para Modernidade Líquida. Pois estamos numa época que nada é mais sólido, as
coisas deixaram de serem rígidas e sofrem pressão para moldar-se a novas
formas, que veem de encontro com a nova sociedade, onde as coisas se movem com
mais facilidade e há uma extraordinária mobilidade, onde a liquidez se faz
associação com a leveza. E o que acontece no mundo contemporâneo é o “derretimento” dos sólidos, da solidez das próprias forças que
pretendiam gerar e manter a ordem e esse “derretimento” não se transforma em
algo sólido e sim em estado fluido. “Tudo o que era sólido se desmancha no ar,
tudo o que era sagrado é profanado, e as pessoas são finalmente forçadas a
encarar com serenidade sua posição social e suas relações recíprocas”.
Do ponto de vista desta nova sociedade,
percebe-se a influência da mídia nos sujeitos, principalmente nas crianças que
ainda não formaram todo seu pensamento crítico com as coisas, a mídia tem sido
uma das principais produtoras das representações que compartilhamos principalmente o vicio do smartphone, não
querendo dizer que é uma representação negativa, mas para ver como as coisas já
estão deixando de serem sólidas pois já não importa mais, segundo o texto,
expor fortuna e sim parecer jovem e realçar beleza. E nossas casas são
bombardeadas a todo tempo através da mídia com padrões de beleza impostos e por
isso acabamos nos exigindo para atingirmos esse objetivo do “ideal”, consumindo
coisas que a mídia nos vende. E nossa cultura está dominada por imagens onde a
mídia tem o papel principal para se criar um universo de ilusão. Penso que as
redes sociais são um exemplo forte do “mundo irreal”, onde todos querem ser
lindos, maravilhosos e felizes. E as crianças são as que mais sofrem com essa
sociedade consumista, seja positivamente ou negativamente, atualmente as
crianças necessitam estar sempre conectas para não perderem o que acontece,
mesmo que sejam acontecimentos fugazes. Existe também a cobrança em cima dessa
infância, onde não se pode de fato ser criança, já são mini adultos em formação
e precisam de elementos para isso. Fora que esta criança, precisa estar o tempo
todo consumindo informação, o cérebro acaba não descansando. E isso é abusivo, pois influencia até na
relação com os pais, pois elas se tornam distantes da vida real para se
tornarem “bonecos infláveis” da vida de ilusão. Pois, “tudo que é sólido se desfaz no ar”.
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