quinta-feira, 19 de abril de 2018

Empowerment




Ao ler o texto do Giroux[1], percebemos que a alfabetização está muito ligada ao  empowerment político, que é aquele neologismo criado por Freire, que enfatiza o ato ou efeito de promover a conscientização e tomada de poder de uma pessoa ou grupo social, o chamado empoderamento que deriva desse termo inglês.
E a alfabetização é isso, é um empoderamente de uma classe a muito dominada pela classe dominante, sendo a educação um ato político. Assim como afirma Gramsci, que encarou a alfabetização como uma prática social. E ela é, pois através da alfabetização, os sujeitos se tornam sujeitos letrados e isso faz com que as pessoas possam participam da compreensão e da transformação da sua sociedade, como nos traz Giroux.

Definir alfabetização no sentido freiriano, como leitura do mundo e da palavra, é analisar a produção do conhecimento e da construção das subjetividades de alunos e professores em seus próprios mundos. A ideia de que o conhecimento não se pode construir fora do embate pedagógico perde-se no pressuposto errôneo, quando da noção da teoria crítica da educação ou é subteorizada ou esquecida, uma vez que os alunos dão mais importância às próprias vidas e experiências.
E no exemplo de professora que oferece aos alunos textos feministas, temos a natureza da correção política e ideológica de sua posição, assumindo um discurso autoritário e negando o questionamento e investigação do sexismo – calando as vozes dos alunos. Deveria sobre o aspecto individual e social, introduzir a linguagem do empowerment e da ética radical levando-os a pensar sobre a vida em comunidade – projeto do possível. E cabe ao professor criar condições de identificação e a problematização das maneiras contraditórias e múltiplas que os alunos veem o mundo; os educadores críticos devem apresentar capacidade tanto para ensinar quanto para aprender com outros; além das vozes do professor, da escola e do aluno devem caminhar juntas estabelecendo base para o desenvolvimento de alianças e projetos que geram dialogo e lutas proporcionando que suas posições sejam ouvidas fora das salas de aula e na comunidade mais ampla.



A alfabetização é um veiculo ideológico, principalmente para os sujeitos marginalizados da nossa sociedade. A alfabetização dá voz a um povo calado! 

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