Inicialmente
quando penso em ver e olhar, penso no gritante abismo que existe entre os dois.
E nas minhas imagens, pode-se observar isso.
Imagem 1 |
Na imagem 1, eu vejo. É uma imagem
que carrega muitas mazelas que a educação vem sofrido cotidianamente nessa
nossa sociedade atual. Pode-se observar a sala cheia, alunos enfileirados,
atividades reprodutoras, crianças colocadas na mesma “caixa” de saber. Essa
sala de aula não é uma sala de aula ideal, mas é uma sala de aula usual e comum
no espaço dito democrático da escola. Eu, como professora, me sinto responsável
por fazer diferente, por tentar criar um ambiente alfabetizador significativo
para meus alunos, tento transformar esses “reprodutores” de conteúdo em alunos
pensantes, mas o desafio é grande, pois o espaço é pequeno, a turma é numerosa,
são muitos níveis de aprendizado. Ou seja, nem sempre é a sala de aula ideal,
mas é a sala que todo os dias a gente tenta transformar.
Imagem 2 |
Já na
imagem 2, podemos olhar. Sermos mais atentos! Temos uma fila mista, que veio através de um projeto sobre gênero e sexualidade. Olhamos alunos que não são
separados por sexo, nem altura. Estão cada um no lugar que querem estar. Não
são colocamos na mesma caixa. São respeitados, de forma igual.
Imagem 3 |
O que fecha com
a imagem 3, que foi feito em cima do mesmo projeto. Precisamos olhar, pois
quando olhamos, nos tornamos protagonistas da ação. Quando olhamos nossos
alunos, percebemos o quanto eles são os sujeito da sua história e essa construção
ocorre diariamente naquela sala de aula nem sempre ideal. Mas olhamos e
passamos a reconhecer esse sujeito nosso igual e saímos do “ego” do professor
que é o que detém o saber e passamos a compartilhar esse saber e isso faz com
que nossos alunos, passem a ser e não a só reproduzir.
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