segunda-feira, 19 de junho de 2017

Gestão Democrática!



Pensando em gestão democrática e em todos os conceitos que envolve a educação , percebo que o foco de tudo deveria ser relações humanas, os sujeitos da aprendizagem, pois a escola e o Estado é formado por pessoas, porém as políticas, teoricamente defendem ideais que não são tão praticadas assim. A própria escola “dita” como espaço democrático, não é tão democrático assim, pois muitas vezes recebemos um currículo engessado pelos órgãos responsáveis pela educação e não podemos alterar quase nada.

Um exemplo disso:  

Uma das grandes questões da atualidade, o tema gênero e sexualidade, só podem ser debatidos e trabalhados em sala de aula, se alguma das leis da educação permitir o trabalho, ou seja, cadê a liberdade do professor e da escola?  A lei nos garantia, até haver um retrocesso com as novas mudanças e o termo ter sido retirado do Plano Nacional de Educação. E somente houve essa exclusão, pois a bancada religiosa alegava que o tema é assunto que deveria ser tratado pela família e não pela escola, ou seja, educar alunos para futuramente atuarem de forma não preconceituosa não é assunto da escola, segundo eles. O que a escola deve tratar mesmo? 



Sorte a nossa, no Rio Grande do Sul, que no Plano Estadual de Educação, nos garante esse trabalho, inclusive uma das estratégias é:
8.12 Promover condições, em regime de colaboração entre Seduc, Secretarias Municipais de Educação, instituições de ensino superior e mantenedoras de instituições privadas, à elaboração de propostas curriculares que incluam como temas transversais as questões de inclusão, direitos humanos, etnias, gênero e sexualidade, de modo a estimular as discussões sobre formas de superar as discriminações e os preconceitos;


E a educação de qualidade, defendida pela nossa LDB e como questiona Peroni, para quem é?  E está sendo executada por quem? Porque as políticas educacionais muitas vezes são feitas por pessoas que não tem vínculo direito com a educação e os próprios programas que são "imposto" pelo governo não são criados por pessoas diretas a educação, mas sim, uma forma de combater a defasagem dessa educação, porém sem nenhuma participação da elaboração dos mesmos pelos professores e gestores. Por isso é tão importante se ter implementado dentro das escolas uma gestão democrática, tornando o projeto político pedagógico algo que se possa usar de fato e não só de gaveta e um conselho escolar participativo e presente. Temos muito que mudar ainda nas escolas, porém precisamos continuar tentando ajustar essa gestão, com urgência. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário