Pensando em gestão democrática
e em todos os conceitos que envolve a educação , percebo que o foco de tudo
deveria ser relações humanas, os sujeitos da aprendizagem, pois a escola e o
Estado é formado por pessoas, porém as políticas, teoricamente defendem ideais que não são tão praticadas assim. A
própria escola “dita” como espaço democrático, não é tão democrático assim,
pois muitas vezes recebemos um currículo engessado pelos órgãos responsáveis
pela educação e não podemos alterar quase nada.
Um exemplo disso:
Uma das grandes questões da
atualidade, o tema gênero e sexualidade, só podem ser debatidos e trabalhados
em sala de aula, se alguma das leis da educação permitir o trabalho, ou seja,
cadê a liberdade do professor e da escola? A lei nos garantia, até haver um retrocesso
com as novas mudanças e o termo ter sido retirado do Plano Nacional de
Educação. E somente houve essa exclusão, pois a bancada religiosa alegava que o
tema é assunto que deveria ser tratado pela família e não pela escola, ou seja,
educar alunos para futuramente atuarem de forma não preconceituosa não é
assunto da escola, segundo eles. O que a escola deve tratar mesmo?
Sorte a nossa, no Rio Grande
do Sul, que no Plano Estadual de Educação, nos garante esse trabalho, inclusive
uma das estratégias é:
8.12 Promover condições, em
regime de colaboração entre Seduc, Secretarias Municipais de Educação,
instituições de ensino superior e mantenedoras de instituições privadas, à
elaboração de propostas curriculares que incluam como temas transversais as
questões de inclusão, direitos humanos, etnias, gênero e sexualidade, de modo a
estimular as discussões sobre formas de superar as discriminações e os
preconceitos;
E a educação de qualidade,
defendida pela nossa LDB e como questiona Peroni, para quem é? E está sendo executada por quem? Porque as políticas
educacionais muitas vezes são feitas por pessoas que não tem vínculo direito
com a educação e os próprios programas que são "imposto" pelo governo
não são criados por pessoas diretas a educação, mas sim, uma forma de combater
a defasagem dessa educação, porém sem nenhuma participação da elaboração dos
mesmos pelos professores e gestores. Por isso é tão importante se ter
implementado dentro das escolas uma gestão democrática, tornando o projeto político
pedagógico algo que se possa usar de fato e não só de gaveta e um conselho
escolar participativo e presente. Temos muito que mudar ainda nas escolas,
porém precisamos continuar tentando ajustar essa gestão, com urgência.
Nenhum comentário:
Postar um comentário