quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

O Brincar!

Percebe-se que com o brincar, sendo ele usado para aprender ou só para brincar, os alunos criam possibilidades de cooperarem entre eles, fazendo um exercício de convivência, afetividade e cumplicidade ao brincarem, demonstraram que todos puderam participar, sem discriminação. Outro importante aspecto do brincar na escola, seja na educação infantil ou em qualquer série, é que quando algum aluno não consegue realizar alguma atividade da brincadeira seus colegas o auxiliam, como nas brincadeiras de cantigas de roda (ovo podre, passa anel, o limão entrou na roda) tornando o brincar muitas vezes coletivo e cooperativo. Observa-se que com o brincar também a utilização da comunicação, tanto verbal quanto de movimento, criação do imaginário e para organização das brincadeiras (brincar de casinha, onde as crianças criam suas regras “familiares” muitas vezes copiadas das suas famílias). A concentração da criança não vem da quietude, sala silenciosa nem sempre significa aprendizagem. Ou seja, nas brincadeiras há muitas vozes e muitas vezes na brincadeira a criança se torna ela de fato, pode se fantasiar do que deseja. E defender o brincar na sala de aula, não é ser negligente com o aprender, como diz Tânia Fortuna:
 “Tais limites contribuem para a construção do senso de realidade nos processos de subjetivação. Mas a atividade lúdica é, ela mesma, pujante de situações em que a realidade qualifica o brincar, ao opor resistência à fantasia, forçando a busca de outros canais de realização. ”

 Através do brincar na sala de aula, podemos transformar muitas coisas, principalmente no comportamento das crianças, que são imprescindíveis para que eles possam se respeitar e respeitar as capacidades individuais dos colegas, como os jogos cooperativos como por exemplo o “ZIP ZAP E ZUM”, fazendo com que a brincadeira além de ser divertida, possibilita a interação e também faz com que eles se  abram ao diálogo, escutem e experimentem possibilidades diferentes de se movimentarem e assim (re)construir juntos sentidos e significados que possivelmente levarão para suas vidas, constituindo-se como indivíduos autônomos críticos e construtores de uma sociedade mais justa e igualitária.

Portanto, acredito que o brincar na educação infantil é fundamental para a ludicidade da infância e para o imaginário da criança.  Enriquecendo a aprendizagem dentro da sala de aula nas séries futura e fazendo com que os alunos mudem sua conduta, que muitas vezes é de exclusão e desigualdades, para um agir cooperativo, re-significando assim sua formação, uma formação que reflita e supere sobre as maneiras tradicionais de utilização de brincadeiras em práticas educativas. Por fim, saliento que brincadeiras usadas como recurso didático contribuem na formação social dos alunos, sabendo que o mais importante é aprender com os outros e não contra os outros, contribuindo para sua formação social e cidadã. 

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Resgatando memórias e construindo o saber!

Resgatando memórias e usando o brincar na aprendizagem também, fiz com minha turma em conjunto com a turma do 2º ano, as ABAYOMI, que são bonecas de pano que resgata a história das crianças nos navios negreiros. Acabei utilizando também as bonecas para trabalhar produção de texto cooperativa. Cada aluno construiu a sua boneca e ajudou o colega com a dele, trocando após a confecção e escrevendo juntos a história dessas bonecas. O trabalho ficou lindo e o resgate da história se faz importante, assim como a construção coletiva do saber. 


segunda-feira, 16 de novembro de 2015

MANIFESTO EDUCADORES

Sonha professor, sonha!
Não chore pelas mazelas da educação!
 Juntos podemos mudar o mundo!

Os conhecimentos construídos estão iluminando mentes e tornando os caminhos cheios de luzes!
Podem até apagar essa luz, mas juntos podemos continuar acendendo novas mentes e iluminando novos caminhos!

Faça acontecer professor, faça!
Compartilhe o saber, faça os alunos lerem o mundo, verem as cores, somarem as ideias. E se pararem de lerem o mundo, tenha força para compartilhar novas leituras, faça a mágica do educar acontecer!

Acredites professor, acredite!
Enquanto houver esperando na mudança através do ensino, vai chegar o dia que vamos mudar mesmo o mundo!

Juntos, podemos tudo!

(POEMA CRIADO EM GRUPO COM AS COLEGAS DO PEAD)


domingo, 8 de novembro de 2015

Infância Soft!

O que é uma infância soft? Segundo o texto, “retratos de uma infância contemporânea”, criança soft se refere a uma inocência, beleza que não deve ser comercializada e sim mostrada, uma pureza, angelismo, quase nos remete ao catolicismo. Projeta-se desde muito cedo, como deverão ser as características deste sujeito infantil, aqui apresentado como estas crianças softs. Essa expressão se usa para designar este período da infância nos artefatos, por ser uma palavra de uso mais do cotidiano e que engloba de certo modo, algumas das adjetivações relacionadas a esta infância. Já rotulando e separando essas crianças. Se formos olhar uma definição de criança, infância no dicionário, percebemos que a palavra pureza vem junto. Nos remetendo ao termo “soft” novamente. O significado descrito em um dicionário permanece definindo a criança como "um ser humano com pouca idade, menino ou menina; pessoa ingênua, pura, infantil" (Ferreira, 1999). Por muito tempo, essa foi, ou ainda é, a visão acerca da criança. Nietzsche também, quando diz que todos devemos voltar a ser crianças, justamente explicando que a criança é pura espontaneidade, que não sente culpa, não tem malicia, nos remetendo novamente a pureza. E a imagem de infância soft que vem, são as crianças pintadas em obras de arte. Como por exemplo, as crianças na Obra "O Duque de Berry e Conde de Provença Quando Crianças", de François-Hubert Drouais, retratando crianças gorduchas, loirinhas, com rostos angelicais. E as meninas de Velàsquez. 


terça-feira, 3 de novembro de 2015

Verbete

Ensino laico, é baseado no laicismo, que é uma educação que se caracteriza por ser um ensino desvinculado da educação religiosa. A educação é de responsabilidade do Estado e não mais da igreja. No Brasil o ensino laico entrou em vigor influenciado pelo Iluminismo na Europa. A partir disso deu-se início a educação pública e a fundação de instituições com base nos ideais iluministas. No Brasil, o ensino laico teve início a partir da expulsão dos jesuítas, em 1759, pelo Marquês de Pombal. Seus colégios foram fechados e o ensino no país foi laicizado, com a introdução das aulas régias, o início da educação pública e a fundação de algumas instituições baseadas em ideais iluministas. Assim, a reforma pombalina da educação, em 1770, substitui o sistema jesuítico por um ensino laico, dirigido pelos vice-reis. No final da década de 1870, foram feitas novas reformulações dos currículos das escolas primárias visando criar um programa que eliminasse a História Sagrada, retomando os debates sobre o ensino laico e a separação entre o Estado e a Igreja Católica. Com a Revolução Industrial e a necessidade de mão de obra com formação técnica e especializada, o ensino laico é defendido junto à ideia de um ensino estatal e à concepção da educação universal, gratuita e obrigatória.


Citação bibliográfica:
MENEZES, Ebenezer Takuno de; SANTOS, Thais Helena dos."Ensino laico" (verbete). Dicionário Interativo da Educação Brasileira - EducaBrasil. São Paulo: Midiamix Editora, 2002, http://www.educabrasil.com.br/eb/dic/dicionario.asp?id=333, visitado em 3/11/2015.

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Infância e pós-modernidade!

Percebe-se que o termo pós-moderno possui muitas definições e diferentes posicionamento dos autores e desacordos também. Penso que poderíamos definir como contemporaneidade, inicialmente. Sendo também uma ruptura com a modernidade em função do prefixo pós. Podemos destacar também o fortalecimento de um mundo homogeneizado, numa visão marxista. Lyotard, acredita que a experiência da pós-modernidade decorreria da perda de nossas crenças e visões totalizantes da história. Já Lipovetsky supõe que o termo “pós-moderno” entrou em voga e que hoje e a sociedade está em transição para “os tempos hipermodernos” e já vê que o homem hipermoderno está fragilizado pelo medo de uma era de exageros, consumismo e individualismo. Ao passo que Bauman tenta esclarecer a uma confusão semântica, entre o pós-modernismo e o pós-modernidade. O primeiro seria uma forma de ver o mundo e o outro se refere a uma sociedade, uma condição humana. E Bauman mesmo, cria o termo “Modernidade Liquida”, onde fala sobre a passagem da modernidade Sólida para Modernidade Líquida. Pois estamos numa época que nada é mais sólido, as coisas deixaram de serem rígidas e sofrem pressão para moldar-se a novas formas, que veem de encontro com a nova sociedade, onde as coisas se movem com mais facilidade e há uma extraordinária mobilidade, onde a liquidez se faz associação com a leveza. E o que acontece no mundo contemporâneo é o “derretimento” dos sólidos, da solidez das próprias forças que pretendiam gerar e manter a ordem e esse “derretimento” não se transforma em algo sólido e sim em estado fluido. “Tudo o que era sólido se desmancha no ar, tudo o que era sagrado é profanado, e as pessoas são finalmente forçadas a encarar com serenidade sua posição social e suas relações recíprocas”.


Do ponto de vista desta nova sociedade, percebe-se a influência da mídia nos sujeitos, principalmente nas crianças que ainda não formaram todo seu pensamento crítico com as coisas, a mídia tem sido uma das principais produtoras das representações que compartilhamos principalmente o vicio do smartphone, não querendo dizer que é uma representação negativa, mas para ver como as coisas já estão deixando de serem sólidas pois já não importa mais, segundo o texto, expor fortuna e sim parecer jovem e realçar beleza. E nossas casas são bombardeadas a todo tempo através da mídia com padrões de beleza impostos e por isso acabamos nos exigindo para atingirmos esse objetivo do “ideal”, consumindo coisas que a mídia nos vende. E nossa cultura está dominada por imagens onde a mídia tem o papel principal para se criar um universo de ilusão. Penso que as redes sociais são um exemplo forte do “mundo irreal”, onde todos querem ser lindos, maravilhosos e felizes. E as crianças são as que mais sofrem com essa sociedade consumista, seja positivamente ou negativamente, atualmente as crianças necessitam estar sempre conectas para não perderem o que acontece, mesmo que sejam acontecimentos fugazes. Existe também a cobrança em cima dessa infância, onde não se pode de fato ser criança, já são mini adultos em formação e precisam de elementos para isso. Fora que esta criança, precisa estar o tempo todo consumindo informação, o cérebro acaba não descansando.  E isso é abusivo, pois influencia até na relação com os pais, pois elas se tornam distantes da vida real para se tornarem “bonecos infláveis” da vida de ilusão.  Pois, “tudo que é sólido se desfaz no ar”.


domingo, 25 de outubro de 2015

Escrita Cooperativa

Com o trabalho da interdisciplinar de seminário integrador, de escrita cooperativa, percebi que tive muita resistência e já fazendo uma comparação com meus alunos, comecei a entende-los melhor nesse processo de construir um texto coletivo.
Apresentei resistência, pois eu introduzi a história e já tinha toda ela elaborada na minha cabeça, mas as colegas de grupo foram dando outra direção, que nem sempre me satisfez, mas tendo em vista que é um trabalho em grupo, precisamos trabalhar juntas, o que não foi muito bem o caso, já que cada uma deu continuidade a escrita da outra sem questionarmos o que a outra queria dizer.  Percebo que com meus alunos acontecem o mesmo, eles querem deter a escrita dos seus textos, muitas vezes largando de mão quando não evolui da forma que querem, o mesmo está acontecendo comigo, não estou vendo prazer em elaborar esse texto.

Como podemos melhorar isso em sala de aula e como posso melhorar isso como aluna?

Esse trabalho de produção coletiva, deve vir desde a educação infantil, moldando o aluno para a coletividade, nunca fiz até este momento trabalho de produção coletiva. Olha a minha resistência ao novo, a abrir mão de deter o saber do texto para trabalhar com minhas visões, já que que a escrita sempre traz a bagagem de quem escreve.
Com os alunos para a realização desta atividade é necessário que já tenha sido trabalhado com o aluno algumas habilidades de leitura, através de diferentes estratégias, a fim de que ele seja capaz de ler; de interpretar: ilustrações, pequenos textos e histórias. Além da utilização dos recursos das TICs como: tablet, laptop, máquina fotográfica e filmadora. Inovar a aula, para fazer com que esse aluno seja instigado a escrever coletivamente um texto.Já eu como aluna, devo analisar a produção coletiva do meu grupo e ler, verificando se precisa de ajustes. Siga as dicas: Releia a história várias vezes; Veja se é preciso acrescentar mais informações; observe se tem o título; Pesquisar a escrita de palavras que despertarem dúvidas; Verifique se a história pode ser compreendida pelo leitor. E principalmente, trabalhar coletivamente.



quinta-feira, 22 de outubro de 2015

GLOSSÁRIO COM TERMOS PSICANALÍTICOS


- Dra Ruth M. Cerqueira Leite, do Departamento de Psiquiatria da Unicamp -
(Jornal "Folha de São Paulo", Folhetim, 23 de setembro de 1979)

1) Ab-Reação - Descarga emocional, pela qual o afeto ligado a uma recordação traumática é liberado, quando esta, até então inconsciente, chega à consciência. A ab-reação pode ser provocada durante o processo terapêutico, mas põe também ocorrer espontaneamente.
2) Acting-Out - Expressão inglesa, que em sua essência significa substituição momentânea do pensamento pela ação, onde domina o caráter impulsivo, e a incapacidade para raciocinar. Na psicanálise é interpretado como o retorno abrupto de um conteúdo reprimido (ver repressão), cujo afeto é demasiado intenso para ser descarregado em palavras.
3) Afeto - Termo geral que designa os sentimentos e emoções. Considera-se que o afeto nem sempre está ligado à idéia (recordação, representação). No caso em que a recordação é muito dolorosa e ameaçadora, o ego a reprime (ver repressão) mas o afeto correspondente pode se deslocar para outras idéias associadas menos perigosas, ludibriando a censura e liberando-se parcialmente ao chegar à consciência.
4) Agorafobia - Forma de fobia onde o indivíduo teme os espaços abertos (ruas, praças, campos abertos ) e reage com angústia ao ter que enfrentá-los sozinho.
5) Angústia - Reação emocional intensa como resposta a um perigo real ou imaginário (angústia automática). Na psicanálise essa angústia automática é resultado de uma fluxo incontrolável de excitações de origem interna ou externa.
6) Aparelho Psíquico - Designa os modelos concebidos por Freud para explicar a organização e o funcionamento da mente. Para isso ele propôs algumas hipóteses entre as quais as mais conhecidas são: hipótese econômica que concerne essencialmente á quantidade e movimento da energia na atividade psíquica; a hipótese topográfica que tenta localizar a atividade mental em alguma parte do aparelho, que ele divide em: consciente pré-consciente e inconsciente; e a hipótese estrutural na qual ele divide a mente em três instâncias funcionais: Id, ego e superego, atribuindo a cada uma delas uma função específica.
7) Catarse - Método terapêutico que permite a evocação e a revivência de acontecimentos traumáticos que foram reprimidos, permitindo a descarga dos afetos ligados a estes (ver ab-reação).
8) Censura - Barreira que impede que ideais e afetos reprimidos no inconsciente cheguem ao consciente.
9)Claustrofobia - E ação emocional intensa e injustificada a lugares fechados.
10) Complexo de Castração - Ao perceber que há pessoas que não possuem pênis, o menino começa a temer a perda do seu próprio. Sente isso como uma ameaça paterna por suas atividades sexuais e seus desejos incestuosos. A menina sente a ausência de pênis como uma perda já consumada e procura de alguma forma compensá-la. A ansiedade de castração tem um lugar fundamental na evolução da sexualidade infantil dos dois sexos e aparece constantemente na experiência analítica subjacente às modalidades de relacionamento do indivíduo com seu mundo interno e externo.
11) Complexo de Édipo - De acordo com Freud a criança entre 2 e 5 anos aproximadamente desenvolve intenso sentimento de amor pelo genitor do sexo oposto e grande hostilidade pelo do próprio sexo, a quem deseja eliminar como a um rival. Esses sentimentos geralmente são vividos com grande intensidade e ao mesmo tempo com grande ambivalência, pois embora odeie o genitor do mesmo sexo, que o impede de realizar seus desejos, também o ama por tudo de bom que ele representa. Surge então a culpa e o medo à retaliação (medo à castração). Esse conflito geralmente declina após a idade de 5 anos e reaparece com o advento da puberdade, sendo um dos fatores que contribuem para a crise da adolescência. De uma resolução satisfatória desse conflito depende uma boa estruturação da personalidade
12) Condensação - é um processo característico do pensamento inconsciente e no qual duas (ou mais) imagens se combinam para formar uma imagem composta que está investida do afeto derivado de ambas. Encontramos exemplos desse processo nos sonhos principalmente.
13) Conflito - Na psicanálise, refere-se geralmente, ao conflito interno entre impulsos instintivos e entre as instâncias (id, ego e superego) e ao conflito edipiano (Ver Complexo de Édipo).
14) Defesa - É o conjunto de manobras inconscientes (mecanismos de defesa) que o ego se utiliza para evita ameaças à sua própria integridade. Essas ameaças podem surgir pela intensificação dos impulsos instintivos que põem em perigo o equilíbrio do ego, que tem como função harmonizar esse impulsos com os imperativos do superego ("consciência moral") e às exigências da realidade externa.
 15) Ego - É uma das três instâncias (id, ego e superego) que Freud concebeu em um de seus modelos para explicar o funcionamento da mente humana (ver aparelho psíquico). O ego é a parte organizada desse sistema que entra em contato direto com a realidade externa e através de suas funções tem capacidade de atuar sobre esta numa tentativa de adaptação. Por isso, estão sob o domínio do ego as percepções sensoriais, os controles e habilidades para atuar sobre o ambiente, a capacidade de lembrar, comparar e pensar. No âmbito de sua relações com as outras duas instâncias do sistema e o ego assume o papel de mediador e integrador dos impulsos instintivos do id (ver id) e as exigências do superego (ver superego), para adaptá-los à realidade externa.
16) Fantasia - refere-se à atividade imaginativa subjacente a todo pensamento e sensação. As fantasias podem se apresentar sob forma consciente, como acontece nos sonhos diurnos, ou inconscientes, subjacentes a um conteúdo manifesto como nos sonhos ou nos sintomas neuróticos etc. Está sempre ligada intimamente aos desejos instintivos.
17) Fase Anal - É a Segunda do desenvolvimento libidinal (ver libido), e está situada entre um e três anos de idade. Nesta fase os interesses da criança se organizam predominantemente em torno da função anal, pelo prazer que sente na expulsão e retenção das fezes, que ela agora consegue controlar através de um crescente domínio muscular. Esse controle tem também conseqüências importantes no relacionamento interpessoal com o meio ambiente. A criança agora é capaz de dar e negar (as fezes) de colocar esse controle a serviço as expectativas do meio ou de sua necessidade e prazer. As atitudes que se formam nessas interações com o meio vão estabelecer em grande parte as bases de seus futuros relacionamentos.
18) Fase Fálica - Nesta fase que vai de 3 a 5 anos aproximadamente, a libido concentra-se nos órgãos genitais que se tornam a zona erógena predominante. Os conflitos dessa fase estão ligados ao Complexo de Édipo, com o surgimento de desejos incestuosos e seu conseqüente temor à castração. Oscila o seu comportamento entre a iniciativa e a culpa.
19) Fase de Latência - Inicia-se por volta dos 5 anos e se estende até o início da puberdade. Caracteriza-se principalmente pelo declínio dos interesses sexuais, que segundo a teoria psicanalítica são reprimidos e só aparecem na adolescência. Nessa fase tendo superado em parte os conflitos do Complexo de Édipo, amplia seu ambiente social procurando estabelecer novos contatos, assim como se dedica a adquirir novas habilidades na aprendizagem escolar, nos esportes etc.
20) Fase Oral - corresponde ao 1º ano de vida de uma criança, onde seus contatos mais significativos são feitos através da boca. Além de sua função na alimentação, ela é também a sede principal dos prazeres eróticos da criança nessa fase. Podemos observar que uma criança inquieta pode se acalmar com uma chupeta porque a sucção produz uma satisfação erótica que alivia as sensações do organismo.
Nessa fase a criança é essencialmente dependente e receptiva. A incorporação e o modelo básico de seu comportamento nas interações com o meio.
O relacionamento que estabelece com a mãe nesse período da vida vai ter uma importância fundamental na forma que a criança vai configurar o mundo e se relacionar em seu ambiente. Uma boa mãe saberá dosar bem a satisfação das necessidades de seu bebê e as restrições, o que estabelecerá uma base de confiança nos futuros relacionamentos.
Distúrbios no desenvolvimento desta fase geralmente se evidenciam mais tarde por traços de dependência excessiva de outras pessoas, de alimentos (obesidade), de álcool (alcoolismo) ou de qualquer outra coisa.
21) Fixação - Processo pelo qual o indivíduo permanece vinculado a modos de satisfação ou padrões de comportamento característicos de uma fase anterior de seu desenvolvimento libidinal (ver libido). A fixação pode ser também a pessoas significativas da infância. Assim encontramos expressões freqüentemente usadas na psicanálise como fixação oral, fixação anal, fixação maternal, fixação paternal. Chamamos pontos de fixação àqueles momentos do desenvolvimento libidinal que foram perturbados e dos quais o indivíduo permanece fixado ou dos quais regride em estado de tensão.
22) Histeria - Tipos de neurose que se caracterizam principalmente pelos distúrbios funcionais de aparência orgânica, como paralisias, perturbações sensoriais, crises nervosas, sem evidência de patologia física, e que se manifestam de modo a sugerir que servem a alguma função psicológica.
As formas sintomáticas melhor definidas são a "histeria de conversão" onde o conflito psíquico se expressa nos mais diversos sintomas corporais (como paralisias, crises emocionais, anestesias) e a "histeria de angústia" também conhecida como "fobia", onde o agente de perseguição interno é deslocado e fixado em algum objeto (ver Objeto) do mundo externo.
23) Idealização - Processo no qual o indivíduo supervaloriza o objeto (ver objeto) negando-se a ver todos os aspectos que possam desvalorizá-lo.
24) Identificação - Processo pelo qual o indivíduo se torna idêntico a outro pela assimilação de traços ou atributos daquele que lhe serve de modelo. Nesse processo o indivíduo, tanto pode assimilar aspectos de outra pessoa como também pode, identificar em outros aspectos seus. É através das identificações que desde o princípio a personalidade se forma e se diferencia.
25) Id - Uma das instâncias da teoria estrutural (id, ego, superego) do aparelho psíquico. O Id que opera em nível inconsciente contém os impulsos instintivos que se originam na organização somática e ganham aqui expressão psíquica e também idéias e recordações que por serem insuportáveis ao indivíduo foram reprimidas. É considerado como um reservatório de energia, com a qual alimenta também as outras instâncias (ego e superego). Porém, não possui uma organização comparável à do ego, pois é regido pelo Princípio do Prazer, que busca sempre a satisfação, ignorando as diferenças e contradições e sem a capacidade de considerar espaço e tempo. Sua interação com as outras instâncias é geralmente conflituosa pois o ego sob os imperativos do superego e as exigências da realidade tem que avaliar e controlar os impulsos provindos do Id, permitindo sua satisfação, adiando-a ou inibindo-a totalmente.
26) Inconsciente - É possivelmente o conceito mais fundamental da teoria freudiana. Em seu trabalho Freud demonstrou que o conteúdo da mente não se reduz ao consciente, mas que pelo contrário a maior parte da vida psíquica se desenrola em nível inconsciente. Ali se encontram principalmente idéias (representações de impulsos) reprimidas, às quais é negado o acesso à consciência mas que têm grande influência na vida consciente. Estas idéias reprimidas aparecem de forma disfarçada nos sonhos e nos sintomas neuróticos principalmente e é através do seu conhecimento que podemos chegar até o conflito neurótico durante um processo terapêutico geralmente. O inconsciente é uma das entidades do 1º modelo da mente criado por Freud (ver aparelho psíquico).
27) Insight - Percepção pelo indivíduo dos significados, antes inconscientes, subjacentes e seus comportamentos e pensamentos. O Insight pode ser intelectual onde a compreensão do significado ocorre sem a vivência afetiva correspondente, ou emocional onde essa compreensão é acompanhada da descarga emocional.
 28) Libido - É a energia inerente aos movimentos e transformações dos impulsos sexuais. Ela é a contrapartida psíquica da excitação sexual somática. É uma palavra latina que significa desejo, vontade.
29) Masoquismo - É uma forma de perversão sexual na qual a satisfação é obtida através de sofrimento e humilhação do próprio indivíduo.
30) Metapsicologia - Termo criado por Freud para designar as formulações que fez para descrever os fenômenos mentais do ponto de vista dinâmico, tópico e econômico (ver aparelho psíquico).
31) Narcisismo - Perversão em que o indivíduo escolhe a si mesmo como objeto sexual.
32) Neurose - Em sua essência vai designar os distúrbios dos comportamentos, sentimentos ou idéias, que surgem como resultado de um conflito entre o id e o ego, onde uma tendência instintiva é reprimia pelo ego dando lugar á formação de sintomas neuróticos. Estes sintomas são percebidos pelo indivíduo como algo estranho e incompreensível dentro do quadro geral de sua personalidade. Podem consistir de alterações das funções corporais (cegueira histérica, por exemplo) onde não há nenhuma explicação fisiológica para o distúrbio; de emoções e ansiedades injustificadas como no caso de neurose obsessiva.
O que mais caracteriza a neurose em contraste com a psicose é a preservação do contato do indivíduo com a realidade. Mantém assim apesar das distorções causadas pelos sintomas uma boa margem de senso crítico e a capacidade de perceber sua própria doença.
33) Objeto - Na teoria psicanalítica significa aquilo através do que um impulso instintivo pode obter satisfação. Pode ser uma pessoa em sua totalidade ou parte dessa pessoa (como o seio para o bebê)., pode ser uma entidade ou um ideal. Os objetos podem ser reais ou imaginados.
 34) Paranóia - É uma psicose funcional (ver psicose) que se caracteriza pela presença de delírios mais ou menos sistematizados, que mantém certa lógica e coerência interna e sem que haja uma deterioração do intelecto.
35) Perversão - qualquer forma de conduta sexual adulta, na qual o prazer não seja obtido pela penetração genital com indivíduo do outro sexo.
36) Pre-Consciente - Refere-se aos pensamentos que não são conscientes num dado momento mas que podem chegar espontaneamente à consciência ou por evocação do próprio indivíduo. Diferem dos pensamentos inconscientes que por terem sido reprimidos não têm acesso à consciência a não ser em circunstâncias muito especiais.
Como substantivo refere-se a um sistema do aparelho psíquico, concebido por Freud (ver aparelho psíquico).
37) Projeção - Processo defensivo (ver defesa) no qual o indivíduo atribui a outro (pessoa ou coisa) sentimentos e desejos que seria penoso admitir como seus próprios.
38) Psicanálise - Disciplina criada por Freud que consiste em um método par investigação dos processos mentais, um método de tratamento das desordens psíquicas e um corpo e teorias que tenta sistematizar os dados introduzidos pelos métodos psicanalíticos mencionados acima.
A técnica psicanalítica de tratamento consiste basicamente em levar o paciente a associar livremente, isto é, exprimir indiscriminadamente todos os pensamentos que lhe ocorrem sem preocupação de dar-lhes sentido ou coerência; interpretar tanto as associações como os obstáculos que encontra ao associar ajudando assim o paciente a eliminar as resistências que o impedem de tomar contato com os conflitos inconscientes; e interpretar seus sentimentos e atitudes em relação ao analista, pois o paciente tende a repetir na relação terapêutica as modalidades de relacionamento que teve com seus progenitores durante a infância (ver transferência).
Em resumo, chamamos psicanálise o trabalho que ajuda o paciente a tornar conscientes suas experiências reprimidas, expondo assim suas motivações até então desconhecidas.
39) Psicose - Perturbação grave das funções psíquicas que se caracteriza principalmente pela perda de contato com a realidade, pela incapacidade de adaptação social, por perturbações da comunicação e ausência de consciência da doença. Para Freud a psicose é resultado do conflito entre o ego e o mundo exterior. Diante da frustração de fortes desejos infantis, o ego nega a realidade externa e procura construir através do delírio um mundo interno e externo de acordo com as tendências do id. A psiquiatria distingue duas classes de psicoses: as orgânicas onde uma enfermidade orgânica é encontrada como causa e as funcionais onde não há lesão orgânica demonstrável. Três formas de psicose funcional são reconhecidas: a esquizofrenia, a psicose maníaco-depressiva e a paranóia.
40) Psicose Maníaco Depressiva - Psicose em que se alternam períodos de mania (euforia, auto-confiança exagerada) e depressão, geralmente com períodos intermediários de normalidade.
41) Psicoterapia - Termo comumente usado para designar as formas de tratamento psicológico que se diferenciam da psicanálise, a qual é uma forma de terapia mais profunda, mais intensa e total que qualquer outra. A "psicoterapia de orientação psicanalítica" usa a teoria psicanalítica em combinação com outras técnicas. A psicoterapia pode ser individual ou em grupo, superficial ou profunda, de apoio ou sugestiva. Pode ter marcos referenciais teóricos os mais diversos, como vemos na gestalt, no psicodrama, na análise transacional etc. Considera-se que de modo geral seu trabalho é feito principalmente nos níveis mais conscientes da personalidade.
42) Racionalização - Processo defensivo (ver defesa) no qual o indivíduo procura justificar suas ações de forma coerente desconhecendo entretanto suas motivações inconscientes.
43) Regressão - Processo defensivo do qual o indivíduo, a fim de evitar a angústia, retorna a uma fase anterior do desenvolvimento, apresentando os padrões de comportamento daquela fase.
44) Repressão - Mecanismo de defesa do ego (ver defesa)., pelo qual as representações de impulsos que podem produzir angústia são mantidas recalcadas no inconsciente.
45) Sadismo - Perversão sexual, na qual o prazer erótico está vinculado ao sofrimento e humilhação que o indivíduo inflige a outro.
46) Sublimação - Processo pelo qual a energia dos instintos sexuais é deslocada para atividades ou realizações de valor social ou cultural, como as atividades artísticas ou intelectuais.
47) Superego - Uma das três instâncias da personalidade, que Freud concebeu em um dos modelos do aparelho psíquico (ver aparelho psíquico). O superego é formado a partir das identificações com os genitores, dos quais ele assimila as ordens e proibições. Assume então o papel de juiz e vigilante, formando uma espécie de auto-consciência moral Os mandatos do superego incluem muitos elementos inconscientes que derivam do passado do indivíduo e que podem entrar em conflito com seus valores atuais.
Com relação as outras instâncias, ele é o controlador por excelência dos impulsos do id e age como colaborador nas funções do ego, mas muitas vezes ele se torna extremamente severo anulando as possibilidades de satisfação instintiva e a capacidade de livre escolha do ego.
48) Transferência - É um processo pelo qual o indivíduo recapitula em suas relações atuais, especialmente com seu terapeuta, as relações que teve com seus genitores na infância. A transferência se dá geralmente com pessoas que representam alguma autoridade como no relacionamento professor-aluno, médico-paciente, patrão-empregado. Freud, a princípio encontrou na transferência um obstáculo para o tratamento, porém mais tarde utilizou-a como uma parte essencial do processo terapêutico.

sábado, 17 de outubro de 2015

Conceito de sexualidade


Atualmente, têm-se realizado muitos estudos a respeito da sexualidade humana, pois essa é extremamente importante em todas as fases do nosso desenvolvimento. A sexualidade tem grande relevância no desenvolvimento e na vida psíquica das pessoas, pois relaciona-se com a busca do prazer, necessidade fundamental dos seres humanos. Segundo Freud, a sexualidade "é algo inerente, que se manifesta desde o momento do nascimento até a morte, de formas diferentes a cada etapa do desenvolvimento." Sendo dele toda a desmistificação da sexualidade infantil e que se tornou um ponto de virada importante em toda nossa sociedade.  Ele descreve todo o impacto das experiências da infância sobre o caráter do adulto, reconhecendo a atividade e o aprendizado sexual das crianças e esses experimentos nos esclarecem e nos fazem entender o comportamento infantil até hoje. A dimensão da sexualidade não está vinculada apenas ao aspecto corporal. Ela tem a ver com o mais profundo do nosso ser, com a nossa razão e com os sentimentos. A sexualidade não se refere apenas à questão biológica, ao conjunto de características funcionais e anatômicas do corpo humano, ao ato sexual. A concepção de sexualidade é, porém, muito mais ampla, pois refere-se às questões da razão e dos sentimentos, sendo também uma questão cultural.

#DICA
Apresento um divertido projeto "Aventuras do filho de Freud" que coincide e ilustra esse tema, ao hipotetizar sobre possíveis traumáticas aventuras do filho do mestre Sigmund, em sua condição de Pai. 

Contribuições de Freud para a Educação



Penso que existiram três homens que mudaram muita nossa concepção de mundo. Sócrates com seu discurso e filosofia, Copérnico que depôs o geocentrismo e Freud com sua psicanálise. Ela contribui para a evolução da nossa sociedade até os dias de hoje. Freud é conhecimento no mundo todo por todos, todo mundo já falou o bordão clichê “Freud explica”, mesmo sendo leigo na teoria. Todos sabem que Freud explica e nos explica de uma maneira rica e conceituosa. A psicanálise efetuou um estudo do desenvolvimento dos seres humanos, de suas forças interiores, de suas inter-relações. Freud também estudou as questões feministas e empoderou a mulher, apesar das acusações de que Freud seria um misógino, mas percebe-se claramente nos anais da psicanalise a trajetória das mulheres e revelam o legado dessas ideias para o feminismo contemporâneo, e ele fazia isso justamente com as mulheres da sua vida.  A Psicanálise pôde clarificar a compreensão dos processos de aprendizagem e ensino. Embora Freud não tenha feito menção diretamente a educação, seus estudos, teorias e práticas enriqueceram muito a educação. A teoria da sexualidade infantil espantou a sociedade da época, que acreditava na manifestação sexual apenas depois da puberdade. Segundo Freud, o prazer sexual começa a partir do início da existência de cada pessoa e passa por fases e essas fases que estudamos até hoje nos ajudam a entendermos o comportamento dos nossos alunos. E continuam contribuindo juntamente com as teorias comportamentais. A obra de Freud voltou-se dominantemente para a terapia como sabemos, mas ao estabelecer analogia com a educação, ele diz: "A educação e a terapêutica acham-se em relação atribuível uma com a outra”. 


quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Dia dos professores!

Que neste dia dos professores possamos continuar acreditando que vamos mudar o mundo através da educação e que possamos continuar fazendo acontecer essas mudanças em nossas salas de aula! <3


sábado, 10 de outubro de 2015

Um pensamento brilhante...



"Todo professor que atua na Educação Infantil e Anos Iniciais deve se considerar alfabetizador. A alfabetização, entendida do ponto de vista construtivista, é um processo que se completa ao longo do tempo e não se resume à decodificação, ou às primeiras séries. Defendo a ideia de que todo professor, independente de área ou etapa de atuação, deveria compreender esse processo, o que não significa atuar em seu início.

Em função disso, quanto mais os docentes assumirem a alfabetização como processo, mais leitores formaremos."

Pensamento da Professora Darli Collares. Emoticon heart

Sobre alfabetização...

Fui alfabetizada no final dos anos 80, onde os professores estavam pensando em novas metodologias. Ou seja, havia uma alternância entre o “método da abelhinha” e o chamado “novo construtivismo”. Emília Ferreiro estava no auge nessa época ao mesmo tempo que a cartilha era o livro base da minha professora de primeira série. Saí da 1ª série lendo e escrevendo com uma letra bem desenhada, devido aos incontáveis exercícios de caligrafia que fazia na escola e em casa. Mas, não sai letrada da 1ª série, o que era bastante compreensível naquela época, visto que os professores nem sabiam o que era letramento. Eu era uma aluna com déficit de atenção, o que também não era compreendido pela minha professora, que me taxava de desleixada e incomodativa. Nessa época os problemas de aprendizado não eram estudados também. Minha professora, detinha todo o saber e minha mãe concordava com ela, eu era vista como uma “folha em branco” que estava aprendendo tudo na escola. Atualmente temos Becker para nos explicar as epistemologias.
Hoje, sendo alfabetizadora há 9 anos, não julgo a minha professora. Falar sobre alfabetização é fácil, difícil é praticar todas as teorias e metodologias estudadas. É um desafio achar o jeito certo de ensinar e letrar uma criança. Eu na minha sala de aula não sigo nenhuma metodologia especifica, tento misturar várias. Geralmente, parto do todo para a unidade utilizando também a fonética. E tento construir atividades significativas para meus alunos, inclusive o famoso alfabeto que fica em cima do quadro, na minha sala o utilizo de outra forma. Tornar o ambiente alfabetizador onde a criança se identifique. Não me sinto uma professora construtivista e noto que a maioria dos professores que se dizem não sabem de fato o que é o construtivismo. Entende que o construtivismo é uma teoria e não uma metodologia.
Fazer com que o aluno participe ativamente do próprio aprendizado ao mesmo tempo que esse aluno não pode escolher o tipo de letra com que quer escrever é um tanto contraditório. Letra cursiva em ciclo de alfabetização? O aluno precisa ler e entender o que está escrevendo, não adianta ter a letra linda e não assimilar as letras que escreve. Tenho uma crítica bem forte quanto ao uso da letra cursiva. Outra preocupação quanto a alfabetização, recai sobre aqueles alunos que não evoluem no processo de escrita alfabética. O que fazemos nós alfabetizadoras? E quando a família deste aluno não colabora com a escola e nem se importa em ajudar esse aluno no seu processo. O que fazemos? E será que precisamos padronizar essas crianças na mesma caixa e na mesma hipótese? A sociedade está tão multicultural, porque as teorias e metodologias não estão dando conta dessa multicultura? Volto a perguntar, o que nós alfabetizadora fazemos?
Penso também que não basta o aluno reconhecer as letras do alfabeto e seus sons e juntar as sílabas e formar palavras. O aluno precisa entender o que ele lê e precisa saber vivenciar o que está lendo e escrevendo. Precisa compreender que escrever e ler não é só para o professor corrigir, é para a vida. Não precisamos de exercícios mecânicos para tornar esse aluno um copista, o que precisamos é de atividades para fazer esse aluno pensar e desta forma construir seu saber. E como ter todas essas atividades necessárias, quanto o governo não dá suporte?
O professor precisa se despir do seu ego de professor que sabe tudo e ir buscar o que melhor cabe para seus alunos. Os índices de alfabetização não estão bons, mas não somos quantitativos, precisamos começar a refletir sobre nossa pratica de alfabetizadores e tentarmos melhorar isso em sala de aula, números não importam, a qualidade de ensino sim.



segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Diabinho? Anjinho? Eu!








Temos três estruturas que comandam nossa vida. O famoso trio freudiano: ID, EGO E SUPEREGO.

Ao nascer, o sujeito possui apenas o ID, que é uma espécie de caixa com muita energia psíquica  onde se realiza as pulsões de vida e muitas vezes essas pulsões se encontram, no inconsciente. O ID é comandado pelo prazer, só visando o prazer. Depois das nossas primeiras experiências, vamos aprendendo e adquirindo conhecimento do mundo começando assim a estruturar nosso EGO. O EGO está relacionado a fatos reais, concretos e é capaz de controlar, conter o desejo sem reprimi-lo. É o que equilibra as requisições do ID e as exigências e crítica do SUPEREGO, é a nossa verdadeira personalidade, que escolhe qual decisão seguir. Já o SUPEREGO está relacionado a fatos morais e pode recriminar o EGO, censurando, dizendo se está certo ou errado, julgando, é o que freia as ações impulsivas, o que auto recrimina e muitas vezes a sociedade com seus pré-conceitos acaba fazendo o papel do nosso amigo SUPEREGO também. 

Quem comanda mais a suas ações?

Freud explica!

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Memórias&História


Porque é importante resgatarmos as memórias? Pois elas são o que nos da alicerce a vida. E as nossas memórias que formam a nossa história! E como podemos resgatar nossa história através das nossas memórias? Através de fotos, vídeos, livros, cheiros e sabores. 
Também resgatamos nossas memórias com as pessoas, pois a história é uma construção que traz as marcas dos sujeitos que dela fazem parte. É preciso relembrar nossa história para que não repetirmos nossos erros e para que possamos celebrar nossos acertos. Vejo claramente que a história e nossas memórias andam adormecidas, um exemplo claro disso podemos observar nos protestos contra o governo, muitas pessoas pedindo a volta da ditadura! Penso que essas pessoas não estudaram história e não pensam no que fomos afetados com essas memórias! 
Precisamos resgatar nossas memórias, não só para resgatar o passado, mas para refletirmos sobre a nossa história, exercitando uma verdadeira práxis. 

#DICA

Site que não deixam as memórias da ditadura serem esquecidas. 
http://www.memoriasreveladas.arquivonacional.gov.br/campanha/


segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Porque escolhi ser professora?

Me chamo Melissa, tenho 34 anos, sou professora há 15 anos, sendo 9 deles no Estado. Sou viciada em literatura dos anos 20 e arte. Meu desejo sempre foi querer mudar o mundo.
Inicialmente com essa minha vontade de mudar o mundo e por ser uma aluna questionadora, pensei em ser cientista, para descobrir a cura de muitas doenças na nossa sociedade, inclusive a doença do preconceito, mas com o passar dos anos, na escola fui percebendo que minha aptidão para as exatas (tão apreciada pelos cientistas) eram nulas, quase zero.
Mas em compensação, tinha naturalmente o dom da oralidade e um amor pelas humanas. Juntando esses elementos e mais o fato que meus questionamentos não eram solucionados pelos meus professores, decidi ser professora para justamente achar as resposta e mudar o mundo. Utópico não? 
Diariamente tento tornar os meus alunos, alunos pensantes e não copistas. Obviamente, esse pensamento clichê e utópico para muitos, depois de 15 anos modificou-se um pouco, ainda não mudou, mas tornou-se diferente. Ainda quero mudanças, mas ao invés de mudar o mundo quero mudar a mentalidade da minha comunidade escolar, ainda quero formar alunos atuantes e críticos e leitores  letrados. E é exatamente isso que me faz ser professora.

#eujámudeiomundo


quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Consciente X Inconsciente



Quantas batalhas travamos tentando descobrir quem está comandando nossas ações. Quem age? Nosso consciente ou  nosso inconsciente? Refletimos nossas ações de acordo com esses dois? Quem eles são? 

O consciente é quem nós somos,  nossas ideias, nossa cultura, nosso raciocínio, nosso pensamento. Tudo que estamos fazendo e sabendo que estamos fazendo e porque estávamos fazendo é nosso consciente. Exemplo:  Estou escrevendo neste portfólio porque sei que ele é importante. Conscientemente estou escrevendo.

Já o velho amigo que muitas vezes “age” escondido é nosso inconsciente.  Nossos medos, nossos desejos, nossas repressões, nossos tabus. Aquelas atitudes que temos impulsivamente e muitas vezes não entendemos porque agimos daquela forma, tudo isso é nosso inconsciente agindo e tomando forma. Exemplo: autossabotagem clássica,  tenho medo de me relacionar e me magoar então inconscientemente eu saboto minha relação pra acabar logo e desta forma não sair magoada. O inconsciente nos fazer agir sem querer, porque não sabemos, simplesmente sentimos o impulso interno e vamos.

O inconsciente seria uma parte profunda e escura, onde não temos acesso. Já nosso consciente é claro e super acessível. E os dois juntos formam a estrutura da psique. Não tão simples assim, mas por aí.

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Infância!

Adorei a última aula! E gostei muito da professora e do rumo que a aula tomou. Pensar sobre infância inicialmente nos remete a nossa infância  e isso faz com que façamos uma comparação em como as crianças atualmente são. Minha infância foi muito diferente do que é a infância dos meus alunos. O  conceito de infância vai se transformando com o passar dos tempos de acordo com as gerações. 
Etimologicamente, a palavra "infância" tem origem no latim infantia, do verbo fari = falar, onde fan = falante e in constitui a negação do verbo. Portanto, infans refere-se ao indivíduo que ainda não é capaz de falar.
Mas uma criança é muito capaz, não só de falar, mas de observar o mundo com os olhos que os adultos já deixaram pra trás. Uma criança se surpreende com o novo e se encanta com o que está aprendendo deste mundo. Nós adultos paramos de nos surpreender e isso é bastante filosófico. A infância é algo em construção e a construção acontece baseada na interação com o meio. A nossa concepção de infância mudou muito com o passar dos anos historicamente, durante séculos a infância não foi sujeito de direitos. Ela era simplesmente algo à margem da família, considerada como um "vir a ser". Só era considerada sujeito quando chegava à idade da razão. Hoje a criança está inserida no mundo e na família de forma bastante centrada. Pensamos nessa criança. Estudamos sobre infância, tentamos entender suas fases. E penso que conforme o papel da mulher vai mudando na nossa sociedade, o papel da infância também. Antigamente tínhamos uma infância em casa, brincando na rua com a mãe presente. Hoje já vemos uma infância mais interacional, onde as crianças interagem, vão pra escola mais cedo, a mãe geralmente trabalha fora de casa. Partindo disso, o conceito infância vai se moldando. E se transformando. 



terça-feira, 25 de agosto de 2015

Significado do Portfólio!

O portfólio como instrumento de aprendizagem é rico pois é uma avaliação continua, torna nosso saber em uma “exposição” de trabalhos produzidos desde o inicio da caminhada para consolidar o conhecimento. Torna uma visão alargada e detalhada do que aprendemos, como aprendemos e como estamos evoluindo cognitivamente.  Reflete a nossa identidade quanto aluno e consequentemente do professor.  
O portfólio ao longo do semestre serviu para uma exteriorização dos meus aprendizados no decorrer deste inicio de curso. Uma construção dos meus saberes e um lugar para colocar a minhas próprias reflexões sobre o que tenho aprendido e compartilhado com os colegas.
Ainda tenho dúvidas quanto à escrita aqui, sendo que geralmente sou bem sucinta. Penso que precisamos saber como escrever e ter calma para expressar nossas ideias com conteúdo e explorar bastante ou ter um foco e sem muito blábláblá. Não sei ainda como vai ser no final do curso, mas por enquanto já percebi minha evolução através das postagens, após o termino do semestre reli o que escrevi e pude perceber isto.

Escrever sobre o que estamos fazendo como profissionais (em aula ou em outro contexto) é um procedimento excelente para nos conscientizarmos de nossos padrões de trabalho (e estudantes). É uma forma de “distanciamento” reflexivo que nos permite atuar. E, além disso, aprender.”


Primeiro Workshop!





                                       Não é um bicho papão e nem um bicho de sete cabeças.


É uma construção que elaboramos sobre nossos saberes e também uma interação com os saberes das colegas e professores. Escrever sobre nossas aprendizagens e apresentar requer dialogicidade, envolvimento, coerência com que escrevemos e com o que falamos e também com o que ouvimos, dinamicidade e um tanto de coragem para quem não se sente seguro.

Escrever e apresentar nossas ideias e reflexões é um processo social e histórico que faz com que evoluímos para o grande dia. O workshop não serve só para ganharmos um conceito e passarmos para o próximo semestre. Ele serve para que possamos adentrar cada vez mais no conteúdo e dominá-lo. E com isso faz com que estejamos sempre em busca de novos conhecimentos para podermos fazer novas reflexões e estarmos mais dentro das aprendizagens.

O próprio conhecimento que amplia nosso conhecimento.

Reflexão sobre as aprendizagens do semestre!


Inicialmente o curso de Pedagogia a distancia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, trouxe mudanças significativas na minha vida pessoal, pois me fez ser uma pessoa menos procrastinadora, como escrevi no meu primeiro texto aqui no portfólio de aprendizagem. Tornando-me uma pessoa mais organizada e seguindo horários pré-estabelecidos de estudos.
O curso tornou-se pra mim, uma grande fonte de aprendizado constante e diário, pois me faz pensar diariamente na minha pratica de sala de aula e me faz refletir sobre essa pratica e esse currículo no qual preciso seguir. Como diz Rubens Alves, “é fácil obrigar um aluno a vir para a escola, difícil é convencê-lo a aprender”. E justamente porque quero fazer com que esse aluno aprenda sem ser obrigado é que o curso tem se tornando rico. Pois me fez refletir sobre minha metodologia de trabalho e pensar em que mudanças, estou promovendo em minha sala de aula e se esse currículo está trabalhando com o multiculturalismo da nossa sociedade e trabalhando principalmente essa diversidade e essa cultura que o aluno traz de casa. O curso está me questionando constantemente, sobre a educação e esse meu ideal de educação. O que meus alunos querem aprender e em como eu estou ensinando esses alunos a aprender.


segunda-feira, 13 de julho de 2015

Reflexão!


Será que estamos enquadrando nossos alunos ou estamos deixando eles serem livres para construir seu saber?

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Pensando...

Historicamente, o Brasil, não tem uma pedagogia especifica, na escola e em nossa história temos várias sobrepostas e muitas vezes sem conexão uma com a outra e com a realidade desses nossos alunos.  Nós dizemos construtivistas e diabolizamos o tradicionalismo empirista, mas ainda somos como professores o centro de todo esse "ensino" e queremos ser o centro da sala de aula, não abrindo mão do nosso poder em prol do aluno, em prol que esse aluno construa seu saber. 
Precisamos refletir nossas metodologias, nossa prática e nosso jeito de ser professora. 
Mesmo que essa reflexão nos traga receio e medo. Medo de nos enxergarmos de fato. Pois quando isso ocorre é necessária a mudança. E muitas vezes essa mudança não é comoda. E então, vamos pensar?

"Segundo Almeida e Valente (2011), é preciso privilegiar os processos de formação que permitam um movimento da teoria à prática, e vice-versa, levando o docente a perder o medo e a olhar para as suas próprias práticas, desconstruindo-as e (re)construindo-as a favor dos alunos. É preciso uma compreensão sagaz da necessidade de ir além do currículo, do lápis e do papel utilizados para representar e explicitar os conhecimentos dos alunos.

É muito importante, portanto, a valorização das experiências, da reflexão sobre a prática como espaço para a construção e a reconstrução do conhecimento no magistério. Essa reflexão sobre a prática proporciona uma oportunidade para que os professores compreendam que o processo educativo deve ser constantemente pensado e repensado, pois ele é dinâmico e não estático."

domingo, 14 de junho de 2015

Reflexão cotidiana da minha prática

Depois de ler Becker, comecei a refletir ainda mais minha pratica em sala de aula e me questionar que tipo de professora estou sendo e se é o que de fato sou ou é o que simplesmente estou sendo.
Penso que a implementação da LDB com certeza é um marco para a educação no Brasil, pois a partir dela começamos a visualizar melhor a escola que tínhamos e a escola que é preciso fomentar mediante as necessidades humanas tão eminentes no limiar do século XXI.
Contudo, este é um processo complexo, e até mesmo doloroso para todos os envolvidos com o processo educativo, pois, nos propõem um processo de “(re) aprendizagem” da nossa própria prática pedagógica, tendo que endossar a partir daí uma prática articuladora, transformadora da realidade, capaz de promover um processo baseado na aprendizagem do aluno, onde este desenvolva-se a partir do conceito de que é preciso conhecer a conhecer.
Só que essa (re) aprendizagem e essa reflexão noto que são poucos professores que fazem, pois não além de estarem conformados, de fato não querem mudar e nem querem abrir mão do poder que tem.
Então, penso que deveríamos fazer essa reflexão todos os dias e tentar adequar nosso planejamento com uma aula construtivista, interdisciplinar, onde os alunos construam seus saberes. Se não tem como, por pressão social da escola e da comunidade trabalhar só com esta metodologia, tentar misturar as duas. Creio que qualquer mudança é bem vinda e pode ajudar muito a turma. Tentar abrir mão desse “poder” e passar para que o aluno comece a construir seu saber.
                                                                                                               
Que tipo de aluno queremos criar? Indivíduos subservientes ou individuo pensante, critico, criativo e operativo? Nossa metodologia que vai criar esse aluno.