terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Uma parte do Projeto de Aprendizagem!

Cultura do machismo ou blábláblá? 





Uma das coisas que mais impede as mulheres de escolherem algumas profissões “está na cultura do machismo.


Cultura do machismo ou cultura do estupro é um termo utilizado para abordar as maneiras em que a sociedade culpa as vítimas de assédio sexual e normaliza o comportamento sexual violento dos homens. E esse comportamento muitas vezes ocorre no ambiente de trabalho, como a entrevista Sabrina nos relata. E essa cultura se torna uma consequência da naturalização de atos e comportamentos machistas e sexistas, que acabam estimulando agressões sexuais e físicas. No passado, as mulheres não tinham liberdade para exercer profissões e com o tempo, as mulheres foram conquistando seus espaços no ambiente de trabalho, começaram a fazer sua própria revolução, mesmo assim, ainda hoje, mas algumas situações do dia a dia mostram que, embora enfraquecido, o machismo ainda sobrevive nos detalhes. Ainda assim, resquícios do machismo são perceptíveis em alguns ambientes. Veja a seguir alguns exemplos trazidos pela advogada entrevistada:

1. Mais “patrulha” sobre a vida pessoal

Ou seja, os chefes e colegas acabam prestando mais atenção no que a mulher faz, em que horário chega, em que horário sai, com quem sai.

2. Descrédito quando se expressa emoção

Culpar a TPM sempre é o caminho mais fácil para não ouvir a mulher, Rotulada como emotiva ou passional demais, a mulher pode ser desconsiderada por suas opiniões ou reações no ambiente de trabalho.

3. Maior exigência por comprometimento

Embora a pressão por resultados exista para todos, a mulher frequentemente se sente mais compelida a ter um bom desempenho e provar suas competências.

4. Linguagem mais contida

A própria mulher acaba muitas vezes, nas situações não expor o que realmente pensa, porque acaba sendo reprimida.

5. Elogios “paternalistas”

Os “parabéns” por fazer um trabalho normal.

6.Mansplaining

É um termo que é utilizado quando um homem tenta explicar para a mulher algo, que ela domina mais do que ele, mas por ser mulher não é tão respeitada como entendedora do assunto.

7.Manterrupting
Termo que é utilizado quando um homem interrompe o tempo todo a fala da mulher, numa reunião ou em qualquer outro momento.



Saiba mais neste texto do Movimento ElesPorElas (HeForShe) de Solidariedade da ONU Mulheres pela Igualdade de Gênero. 
Veja mais termos no glossário de termos do feminismo.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Mar familiar!


Montei uma sequência didática para meus alunos, para que eles pudessem fazer um resgate da sua história através da família. Inicialmente para trabalhar o “EU”. Para que eles pudessem conhecer a formação da sua história desde seu nascimento até os dias de hoje e também pudessem reconhecer a importância da família e a importância dos valores familiares como convívio e respeito, não só laços de sangue, mas laços que fazem parte da família, independente de quem forma essa família. Cada aluno tinha que fazer uma investigação prévia da sua família e montar um mar de peixes genealógico.



Inicialmente, introduzir a sequência didática com a leitura do livro “Árvore da Família”, após a leitura do livro, abrir um debate com as turmas sobre as diferentes configurações das famílias, sobre os papéis de cada um e as relações que se estabelecem dentro da família, propus a elaboração de um “mar” genealógico, com “peixes” que se encontram, diferente da árvore que cria raízes. A família mudou, não seguem mais o padrão pai-mãe-filhos, hoje existem inúmeros tipos de família. E resgatei isso com os alunos, a importância de cada família.




Para a montagem do “mar”, cada aluno fez uma pesquisa com a sua família, sobre os familiares, nomes, sobrenomes, local de nascimento e etc. Cada aluno trouxe sua pesquisa e a partir dela foi-se montando seu “mar genealógico”, onde cada familiar era um peixinho, se encontrando ou não, dependendo da relação familiar. Após a montagem do “mar”, fizemos uma exposição para apresentar os trabalhos dos alunos, fazendo com que cada um explicasse o seu “mar genealógico” e um pouco de si, partindo sempre de si para compreender seu lugar no mundo.


quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Ciências e Literatura Infantil!

Pensando no ensino interdisciplinar e em como abordar conteúdos de ciências, decidi unir a literatura com a ciência. Inicialmente selecionei os livros de literatura infantil que abordassem conteúdos de ciências e os coloquei expostos no varal da leitura da sala de aula.



Durante duas semanas os alunos manusearam os livros, leram, preencheram fichas de leitura, ouviram as histórias na hora do conto e levaram para casa na sacola da leitura. Após essas duas semanas, fizemos um grande debate sobre os livros lidos e cada turma selecionou os dois livros preferidos para trabalharmos os conteúdos deles. No 3º ano A, os livros escolhidos foram: “A lua coco”, que são poemas sobre a lua e suas fases e o livro “Quem é o centro do mundo”, que é um livro delicado e profundo, que discute a arrogância e o egocentrismo dos homens em relação à natureza. E no 3º ano B, os livros escolhidos foram “A árvore generosa” que traz uma história bem bonita sobre um amor de um menino e uma árvore e a importância dos seus frutos e o livro “ Kabá Darebu” que fala sobre  um menino-índio que nos conta, com sabedoria e poesia, o jeito de ser de sua gente, os Munduruku.  Depois da escolha dos livros, os alunos vão fazer uma exposição dos trabalhos sobre os temas escolhidos. Cada turma vai apresentar, o seu tema escolhido em forma de vídeo para outros alunos da escolha, é uma forma de construir o saber e favorecer a troca de conhecimento.

3º ano A





3º ano B
















Podemos trabalhar ciências de diversas formas, pesquisando, indo em laboratórios, fazendo experimentos, comprovando ou testando teorias, com livros didáticos e textos mais formais e podemos trabalhar ciências utilizando a literatura infantil e usando esse recurso é ir além da pratica comum, pois com essa união da literatura e da ciência faz com que o aluno aprenda o conteúdo de forma prazerosa e interligada, não tornando o conteúdo isolado, tornando-o significativo. Precisamos ter cuidado para fazer uma aula bem planejada e em deixar os alunos conhecer os livros. Campos (2008) explica que “é preciso entender que a ciência é viva, e esse é um dos pontos mais importantes para se conceber o estudo de ciência como um instrumento ativo na vida do aluno. Cabe ao professor buscar livros de histórias e localizar neles os conteúdos a serem desenvolvidos, ao contrário do que se pensa, este artigo não traz a receita pronta, ele aponta caminhos a serem seguidos e o lado positivo desta junção e lança o desafio ao professor, o de buscar, de conhecer, de pesquisar e implantar esta prática pedagógica em suas atividades. ”


Quem quiser ler mais sobre o assunto e unir ciências e literatura, pode ler esse estudo aqui

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Tempo!

O tempo de sala de aula deixa de ser aquele tempo de cumprir com as obrigações, de realizar atividades que se destinam a preencher a carga horária?  

Dia de Dobradura!

Na maioria das vezes o tempo dentro da escola não é só para cumprir com as obrigações, porque somos responsáveis para formar alunos críticos e para isso precisamos oportunizar momentos que vão além do conteúdo e carga horário. Na maioria das vezes tentamos construir junto com o aluno o saber e abrimos mão desse cronograma imposto. 

Diário da Frida que os alunos escrevem
com a família. 
Na minha sala de aula, por exemplo, o espaço do saber é estendido para casa, com os projetos da turma que percorrem as famílias, justamente para que as famílias tenham mais tempo útil com os alunos. Quando oportunizamos uma atividade não conteudista e priorizamos a bagagem do aluno e o que ele passa a construir coletivamente, deixamos de lado as obrigações. Entretanto poderia responder que não, que as aulas não deixam se usar o tempo para as obrigações, pois estamos num espaço que não é democrático, tendo em vista todas as cobranças que recebemos do Governo, das direções, das supervisões. O trabalho burocrático exige tempo e muitas vezes ele é só para cumprir algo, como por exemplo as aulas para recuperar greve, que acontecem aos sábados e não geralmente só servem para cumprir os dias letivos. Mas uma coisa é certa, precisamos de mais tempo, tempo para compreendermos as mudanças de sociedade, tempo para absorver a liquidez atual, tempo para relaxar a mente e o corpo para tantas afrontas que a educação vem sofrendo, tempo para aceitar que cada aluno é um aluno e não são todos iguais, tempo para abraçarmos nossa profissão e formarmos os futuros sujeitos atuantes da sociedade 

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Matemática!

Aluna do 3º ano B, com a capa do livro coletivo
Nosso papel como professores do ciclo de alfabetização é ALFABETIZAR e também letrar. Ou seja, formar alunos capazes de lerem o mundo, escreverem para o mundo, não só ler e escrever dentro da sala de aula e para mostrar para o professor. O aluno precisa se inserir na sociedade para participar dela de forma ativa, mas para isso não basta só ler e escrever, é preciso também ampliar seus conhecimentos e dominar outras áreas do ensino, como a matemática, por exemplo. Porque para ler o mundo é necessário também compreender os números e todo esse sistema que envolve a matemática. O aluno tem que ler o mundo, interpretar esse mundo, saber se comunicar com o mundo e usar seu raciocínio logico para enfrentar no dia a dia as demandas da vida.
Trabalhar com matemática na sala de aula envolve todo um trabalho interdisciplinar com a geografia, com a ciências da natureza e com a própria área de linguagem. 
Unir a matemática com a literatura, colocar conteúdos e conceitos em jogos pedagógicos e fazer experimentações, favorece deste modo ao aluno uma construção do saber muito mais globalizada e diversificada, tornando seu conhecimento muito mais amplo.

Integração teoria e prática de que trata a interdisciplinaridade refere-se à formação integral. O pensamento crítico desta discussão leva ao aprofundamento da compreensão sobre esta relação, pesquisadores a fazerem um pacto de silêncio em nome da própria sobrevivência]. Foi um tempo de silêncio [...]” (FAZENDA, 2008, p. 30).


Aluna 3º ano B,
com uma página do livro coletivo de multiplicação

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Gaiolas ou Asas?



Rubem Alves traduziu brilhantemente em palavras minha grande inquietação como professora.

Será que somos gaiolas ou asas?

Muitas vezes, penso que somos gaiolas. Gaiolas que não dão liberdade. Gaiolas que não oportunizam. Gaiolas que não valorizam. Gaiolas reprodutoras. Muitas vezes, nos tornamos gaiolas diante de tanto descaso ou por puro cansado, mas somos gaiolas. Vivemos dentro desses prédios de tijolos chamados de escolas que poderiam ser chamados de gaiolas e dentro dele acabamos enfileirando nossos pássaros, não criando oportunidade de crescimento pois estamos ali só reproduzindo o que já nos foi ensinando e o que nos cobram. Dentro dessas gaiolas temos obrigações, listas de regras e conteúdos a seguir, não podemos respirar ou cantar, as vezes só lamentamos. São tantas mazelas, são tantos pássaros enfileirados que parecem gaiolas de caixinhas, todos têm que possuir a mesma forma, senão acabam sendo depenados. Obrigamos nossos pássaros a ficarem 4 horas nessas gaiolinhas, sem fazê-los ver o mundo. 

Que triste realidade a nossa... Nossa gaiola.

Mas em outras tantas vezes, nos vejo como asas. ASAS. ASAS que batem livremente, que democraticamente escolhemos ser. Somos asas quanto assumimos as responsabilidades que nos pertencem e criamos. Somos asas quando damos oportunidades dos nossos pássaros serem livres e pensantes. Somos asas quando damos liberdade para percorrer o mundo, quando não engaiolamos e deixamos nossos pássaros cantarem livremente a melodia que desejarem, porque somos asas quando aceitamos a escolha do outro, entendemos e fazemos o melhor para esse pássaro atingir o melhor que ele pode. Somos asas quando entendemos que somos diferentes e iguais, porque devemos sempre dar as mãos e andar juntos, para cada vez mais sermos asas e acabarmos com as gaiolas.

Então, muitas vezes somos gaiolas, mas não podemos deixar nossas asas serem cortadas, elas precisam voar e quando isso acontecer com todos, as gaiolas vão deixar de existir.


Há esperanças…  

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Representação do mundo pelas Ciências Naturais

A aula de Representação do mundo pelas Ciências Naturais me instigou muito, porque sou muito resistente ao ensino de Ciências nas séries iniciais, principalmente no ciclo de alfabetização, por não me sentir preparada para essa disciplina. São muitas perguntas que muitas vezes não sei responder e acabamos ficando no ensino clichê de ciências: Lixo, separação de lixo, os 3Rs, animais e plantinhas. O que não é ruim, mas ao participar da aula no Pead, percebi que podemos ir além e podemos favorecer situações onde esse aprendizado ocorra de forma prazerosa.

Aluno 3º ano A
Então, saindo dos conteúdos clichês, fiz a experiência da Ilusão inversa com meus alunos de 3º ano.  Inicialmente falei para eles fazerem um desenho na folha e colocar atrás do copo com água e observei as reações. Eles perceberam que a imagem aumentou de tamanho e também muda de lado, inverte. Após a experiência, eles me questionaram muito sobre o porquê aconteceu essas situações com a imagem, me perguntaram se era mágica. Conversamos a respeito dos líquidos e da importância e para ampliar a aula pedi para que em casa, com o auxílio dos pais repetissem a experiência e pesquisassem sobre, para que na próxima aula conversássemos a respeito da experiência e dos motivos que a imagem aumentou e inverteu. Solicitei também que os alunos relatassem no caderno a experiência.  O que mais foi rico e me serviu de aprendizado desta aula, foi que podemos dar boas aulas de ciência e sair do esquema “feijãozinho no copinho” tão usual nos anos iniciais. Meus alunos, no decorrer da experiência, enriqueceram a aprendizagem de diversos modos, pois observaram a experiência, auxiliaram os colegas durante o experimento, praticaram a oralidade ao contar sobre a experiência para outras pessoas da escola, argumentaram comigo e com os colegas sobre os motivos dos fenômenos ocorrerem e relataram a experiência. Foi uma aula muito positiva! E segundo Zanon e Freitas (2007):

“Essas atividades, oportunizadas pelo professor e realizadas pelos alunos, têm como objetivo ir além da observação direta das evidências e da manipulação dos materiais de laboratórios: devem oferecer condições para que os alunos possam levantar e testar suas idéias e/ou suposições sobre os fenômenos científicos a que são expostos. ” 

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Ver e Olhar!

Inicialmente quando penso em ver e olhar, penso no gritante abismo que existe entre os dois. E nas minhas imagens, pode-se observar isso. 


Imagem 1


Na imagem 1, eu vejo. É uma imagem que carrega muitas mazelas que a educação vem sofrido cotidianamente nessa nossa sociedade atual. Pode-se observar a sala cheia, alunos enfileirados, atividades reprodutoras, crianças colocadas na mesma “caixa” de saber. Essa sala de aula não é uma sala de aula ideal, mas é uma sala de aula usual e comum no espaço dito democrático da escola. Eu, como professora, me sinto responsável por fazer diferente, por tentar criar um ambiente alfabetizador significativo para meus alunos, tento transformar esses “reprodutores” de conteúdo em alunos pensantes, mas o desafio é grande, pois o espaço é pequeno, a turma é numerosa, são muitos níveis de aprendizado. Ou seja, nem sempre é a sala de aula ideal, mas é a sala que todo os dias a gente tenta transformar.


Imagem 2

Já na imagem 2, podemos olhar. Sermos mais atentos! Temos uma fila mista, que veio através de um projeto sobre gênero e sexualidade. Olhamos alunos que não são separados por sexo, nem altura. Estão cada um no lugar que querem estar. Não são colocamos na mesma caixa. São respeitados, de forma igual. 

Imagem 3

O que fecha com a imagem 3, que foi feito em cima do mesmo projeto. Precisamos olhar, pois quando olhamos, nos tornamos protagonistas da ação. Quando olhamos nossos alunos, percebemos o quanto eles são os sujeito da sua história e essa construção ocorre diariamente naquela sala de aula nem sempre ideal. Mas olhamos e passamos a reconhecer esse sujeito nosso igual e saímos do “ego” do professor que é o que detém o saber e passamos a compartilhar esse saber e isso faz com que nossos alunos, passem a ser e não a só reproduzir.


domingo, 9 de outubro de 2016

Eixo IV



Eixo IV
Segundo semestre do ano de 2016.
Novas interdisciplinas.
Novas aprendizagens.
Nova construção de conhecimento.
Novas escritas.
Tudo novo de novo.

No mundo do saber todas as possibilidades são possíveis, pois estamos sempre em processo de construção desse saber. Escolhas são feitas no decorrer dessa construção, mas para isso precisamos estar sempre retomando esse processo de aprendizagem dentro da gente. Temos dois papéis, o papel de educador e o papel de aluno. Um se mistura com o outro, porque sabemos, como docentes estamos sempre aprendendo e como aluno estamos ensinando também. Quase como um jogo de reflexo, somos todos (e)feitos nessa construção. 

domingo, 17 de julho de 2016

Projeto de aprendizagem S2


Pensando em projeto de aprendizagem, penso ser um ganho enorme para o professor em sala de aula, utilizar esse tipo de projeto e para a escola no geral, pois o nosso objetivo maior é formar sujeitos autônomos e participativos na sociedade, logo trabalhar com projeto de aprendizagem, onde o aluno, se torna um sujeito ativo no seu aprendizado, faz com que ele comece desde já a se tornar esse cidadão autônomo. Fora que o aluno constrói juntamente com seus colegas e professora seu conhecimento e quando construímos nosso conhecimento, o aprendizado fica muito mais significado do que só ler 50X aquela frase “O IVO VIU A UVA”.

Precisamos começar a trabalhar com projetos de aprendizagem, implementar seu uso dentro da escola, para acabar com o professor tradicional que detém o poder de transmitir o conhecimento, que decidi e define ele mesmo o conteúdo e as atividades que devem ser desenvolvidas. Precisamos começar a trabalhar com projetos de aprendizagem para dar espaço para esse professor que constrói com os alunos o aprendizado, respeita e valoriza o que os alunos já sabem e o que desejam aprender, tornando assim o ensino mais atrativo e logo a escola um espaço democrático que realmente forma sujeitos autônomos. 

Nosso grupo construindo o conhecimento!

Formação de Leitores! #15

Durante o decorrer do semestre, com as aulas e os estudos de textos da interdisciplina Literatura e Aprendizagem, apresentei um planejamento para formação de leitores dentro da minha escola. Justamente, por sabermos o quanto é importante o trabalho com a leitura com base na literatura em sala de aula e para o desenvolvimento do aluno. E essa proposta de formação de leitores tem por objetivos: Resgatar as práticas de leitura na escola; Incentivar através da prática da leitura o desejo e o prazer; Possibilitar o contato dos alunos com textos reais e significativos; Sensibilizar e integrar a comunidade escolar nas práticas de leitura.

Estratégias de formação de leitores

·       Hora da leitura – propiciar um momento no qual toda a escola para as suas atividades para ler. Inicialmente ocorrerá quinzenalmente (considerando a realidade da escola onde trabalho), com duração de dez minutos. O objetivo é fazer todas as semanas, aumentando o tempo de leitura aos poucos.
·     
      Sacola literária – cada aluno, um por vez, levará a sacola para casa. Cada sacola deverá conter pelo menos um livro de literatura infantil, um livro de literatura para adultos, uma revista atualizada, e um caderno para registros. O professor deverá organizar sua sacola considerando o que é trabalhado em sala de aula e interesse dos alunos. Deverá também definir quanto tempo cada aluno fica com a sacola. 
Sacola Literária da turma 3º ano B 
·      Feira literária – espaço onde os alunos possam levar seus livros para trocar com os colegas. Será organizada por turmas, num primeiro momento, para que os alunos se familiarizem com a proposta. Depois será organizada uma grande feira na escola, envolvendo todos os anos do Ensino Fundamental. A feira será proposta uma vez a cada duas semanas, mas poderá ser alterada de acordo com o andamento da proposta.

·         Projetos literários – divulgar e motivar os professores a participarem de formações, projetos e passeios que envolvam a leitura de alguma forma, propiciando espaço para exposições, divulgação do trabalho dos professores, etc. Por exemplo: “Autor presente” (visita do autor na escola, com verba para a compra de livros do autor), passeio à Feira do livro, projetos sobre autores ou gêneros textuais.
Visita do autor André Neves na escola
Julho/2016


Algumas dessas estratégias já implementamos e outras estamos no caminho de implementar. Está sendo um rico trabalho e uma forma prazerosa de inserir a literatura na bagagem cultural desses alunos. 

Brincar é importante? #14


Sabemos que brincar é fundamental para o desenvolvimento afetivo e cognitivo da criança, logo o brincar é muito importante e ele tem que fazer parte em qualquer etapa de desenvolvimento do sujeito. Brincar é importante até para o adulto. De acordo com os estudos de Jean Piaget (1984), a atividade lúdica é um princípio fundamental para o desenvolvimento das atividades intelectuais da criança sendo, por isso, indispensável à pratica educativa.
E o brincar é tão importante, pois brincando a criança constrói conhecimento, através de algumas brincadeiras, podem desenvolver o raciocínio logico,  através da brincadeira podemos observar o que a criança quer nos dizer, pois muitas vezes eles mostram a realidade deles brincando, segundo Winnicott (1971 ) “É no brincar, e somente no brincar, que o indivíduo, criança ou adulto, pode ser criativo e utilizar sua personalidade integral: e é somente sendo criativo que o indivíduo descobre o eu (self)”.
O brincar é uma das formas mais comuns do comportamento humano, principalmente durante a infância. No entanto, o brincar também pode ser uma "ferramenta", por excelência, para que a criança desenvolva suas habilidades, ou mais do que uma "ferramenta", o brincar é uma condição essencial para o desenvolvimento psico e social da criança.

Brincar também é importante, pois durante a brincadeira se cria oportunidade para o sujeito, experimentar o mundo, descobrindo suas possibilidades, compreendo regras, praticando sua autonomia, organizando suas ações, colaborando com os colegas e descobrindo suas emoções. 




O que é repertório? #13



Em música, o termo repertório, significa um conjunto, ou listagem, de músicas diferentes que um músico, conjunto, banda, dj ou orquestra tem para apresentar no palco, show, festa ou evento musical. São as músicas que são escolhidas também para compor a obra. Nos shows o repertório é mais conhecido como setlist e nas apresentações de Dj, o repertório do mesmo é conhecido como playlist. O repertório também se refere a toda obra do músico, como por exemplo, as obras de Beethoven. 

Referencia: http://www.dicionarioinformal.com.br/repert%C3%B3rio/



segunda-feira, 11 de julho de 2016

Parlendas!

As parlendas são formas literárias tradicionais de origem oral que são recitadas em brincadeiras de crianças. Algumas parlendas são muito antigas e fazem parte do folclore brasileiro. As parlendas são conjuntos de palavras com arrumação rítmica em forma de verso, que podem rimar ou não. Geralmente envolvem alguma brincadeira, jogo, ou movimento corporal. As parlendas podem ser utilizadas em sala de aula, propiciando aprendizagem e divertimento. Pode-se solicitar aos alunos que completem uma parlenda fornecida pelo professor, ou ainda que criem suas próprias versões. Segue abaixo diversas parlendas para serem desenvolvidas com os pequenos.

Deixo aqui um exemplo de sequência didática para trabalhar com parlendas.

Objetivos

·         Reconhecer a parlenda como um gênero textual;
·         Desenvolver a consciência fonológica, enfatizando as rimas;
·         Explorar a oralidade a partir da releitura da parlenda;
·         Ampliar o vocabulário;
·         Reconhecer as vogais;
·         Identificar as letras do nome próprio na parlenda;
·         Identificar palavras e frases da parlenda;
·         Reescrever as parlendas;
·         Interpretar oralmente as parlendas.

 Motivação

Para desenvolver a sequência didática iremos primeiramente mostrar um vídeo que contenha diversas parlendas, para que os alunos saibam o que é antes mesmo de saber seu nome. Após, iremos apresentar o livro selecionado “O jogo da Parlenda” de Heloisa Prieto. Iniciaremos o trabalho com a leitura da primeira parlenda do livro, utilizando dedoches para a contação da parlenda.



 Desenvolvimento das atividades


PARLENDA 1:


Eu fui por um caminho...
Eu também
Encontrei um passarinho...
Eu também
Encontrei um dedo mindinho...
Eu também
Seu-vizinho,
Eu também
Pai de todos,
Eu também
Fura-bolos,
Eu também
 Cata-piolhos,
Eu também


ü  Leitura da parlenda utilizando dedoches. Cada aluno receberá uma cópia da parlenda para acompanhar a leitura da professora.
ü  Exploração oral – interpretação e vocabulário.
ü  Identificar os dedos e seu nome na própria mão.
ü  Proposta artística: pintar os dedos da mão, de acordo com o nome de cada um para brincar.


PARLENDA 2:

Batatinha quando nasce...
Espalha a rama pelo chão.
Menininha quando dorme...
Põe a mão no coração.

ü  Leitura silenciosa dos alunos – apresentar a parlenda utilizando o multimídia. Os alunos irão copiar no caderno.
ü  Exploração: explorar palavras conhecidas, as letras iniciais e finais dessas palavras, identificar as palavras no texto. Após a leitura, alguém gostaria de dizer do que trata a história? Vamos descobrir?
ü  Leitura da professora.
ü  Atividade: dividir a parlenda em dois momentos e desenhar em folha de ofício. Os alunos receberão a cópia da parlenda para recortar e colar na folha.








Batatinha quando nasce...
Espalha a rama pelo chão.








Menininha quando dorme...
Põe a mão no coração.

PARLENDA 3:

Um, dois, feijão com arroz.
Três, quatro, feijão no prato.
Cinco, seis, chegou minha vez.
Sete, oito, comer biscoito.
Nove, dez, comer pastéis.

ü  Leitura silenciosa – cada aluno receberá uma cópia.
ü  Exploração oral – Após a leitura, alguém gostaria de dizer do que trata a história? Vamos descobrir?
ü  Leitura da professora – selecionar palavras de contexto para explorar na atividade a seguir.
ü  Atividade:
Ligar as palavras às figuras correspondentes:

ü  Proposta criativa: montar a parlenda em uma folha de ofício já estruturada para isso, com números móveis para colar e massinha de modelar para montar as comidas citadas.
1, 2
3, 4
5, 6
7, 8

PARLENDA 4:

Rei
Capitão
Soldado
Ladrão
Menino
Menina
Macaco
Simão

ü  Leitura silenciosa – cada aluno com uma cópia.
ü  Explorar oralmente – Após a leitura, alguém gostaria de dizer do que trata a história? Vamos descobrir?
ü  Leitura da professora.
ü  Explorar as rimas: o que rima com capitão? Com macaco? Com menino? Etc. Propor aos alunos uma troca de rimas.
ü  Atividade: expor o texto no quadro e deixar em branco algumas palavras da parlenda, para que os alunos possam acrescentar outras palavras que rimam.

ü  Proposta artística: Confeccionar um jogo da memória de imagens e palavras. Os alunos devem fazer as ilustrações dos personagens da parlenda, formando assim o jogo de imagens e palavras.
PARLENDA 5:

Sola, sapato,
Rei, rainha.
Onde quereis
Que eu vá dormir?
Na casa de mãe
Aninha.

ü  Leitura silenciosa – cada aluno com sua cópia.
ü  Exploração oral – Após a leitura, alguém gostaria de dizer do que trata a história? Vamos descobrir?
ü  Leitura da professora.
ü  Atividade: Entregar apenas as imagens da parlenda aos alunos e pedir para que as coloquem em ordem, colando no caderno. Escrever o nome de forma espontânea ao lado.
ü  Proposta artística: fazer um desenho da parlenda em folha A-3, utilizando tinta tempera.