quinta-feira, 21 de junho de 2018

Avaliação




Falar e pensar em avaliação é falar e pensar em reflexão. Porque através da avaliação que fazemos a nossa reflexão de como estamos e onde queremos chegar. A avaliação é o que vai nos dar o retorno do nosso trabalho, que vai nos fazer ressignificar nossa prática, que vai nos fazer repensar nossas metodologias. E o ato de avaliar é continuo e não só para o professor corrigir e dar nota, mas o ato de avaliar serve para ver como estamos no processo de construção do saber, como o aluno está nesse processo. É onde vamos analisar as manifestações dos alunos em situações de aprendizagens, avaliar é uma forma de intervenção educativa. E em cada momento de sala de aula, as crianças nos trazem como estão no seu processo de ensino aprendizagem, por isso avaliação deve ser continua. Prática avaliativa, dessa forma, surge como um elemento de controle sobre a escola e sobre os professores que se vêem com a tarefa de formalizar e comprovar o trabalho realizado via avaliação das crianças, segundo Jussara Hoffmann.  E falar de avaliação na educação infantil é mais complexo ainda, pois o professor precisa ser um observador nato, já que a exploração da aprendizagem dos alunos acontece em pequenos momentos, muitas vezes passados despercebidos, é onde o aluno traz também sua bagagem sócio-cultural e compartilha com os colegas nos momentos oportunizados e ali está um momento que avaliação pode estar sendo feita. E trazendo novamente a fala da Hoffmann, não se pode conceber a avaliação como um jogo de regras uniformes e definidas, à luz de parâmetros fixos, controladores, pois ela encerra a dinâmica da interação e a própria dialética do conhecimento, com suas continuidades e descontinuidades. Philippe Perrenoud defende também que o ato da avaliação classificatória não deve ser supervalorizado e que avaliação deve estar a serviço da individualização, não temos como dar a mesma aula para todos os alunos e não temos como avaliar todos os alunos da mesma forma. A avaliação é um processo dialógico, ou seja, um processo de interação que deve acontecer na relação professor-aluno. 

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