É
muito importante que o que se trabalha na Eja seja de acordo com a realidade do
aluno que está ali naquele ambiente escolar. Precisa-se oportunizar conteúdos
que estejam dentro desse contexto.
Esses
alunos costumam ser adultos trabalhadores que não tiveram a oportunidade de
estudar na serie regular e adolescentes que muitas vezes são encaminhados pra
EJA, pois estavam dando algum tipo de trabalho no turno regular. No geral são
pessoas que lutam pra melhorar suas condições, pra se empoderar nesse mundo
letrado. A linguagem e o pensamentos do aluno da Eja , que faz parte de uma
especificidade cultural, trazem consigo uma história mais longa, como aponta o
texto, atrelados a fatores culturais, eles possuem diferentes habilidades e
diferentes dificuldades, possuem uma linguagem particular, muito baseada no
contexto em que vivem e que devem ser conhecidos por aqueles que nela estão
envolvidos.
Acredito
que a maior dificuldade do aluno da EJA é lidar com o tempo, trabalhar o dia
inteiro e ir pra escola a noite não é algo fácil, por mais atrelado a rotina
que esteja, o corpo está cansado e consequentemente o cérebro não está tão
atendo. Tirando isso, as dificuldades diferentes desses alunos, também é algo
que dificulta o processo. Como aponta o texto: dificuldade de operação com
categorias abstratas, dificuldade de utilização de estratégias de planejamento
e controle da própria atividade cognitiva, bem como pouca utilização de
procedimentos metacognitivos (Oliveira, 1995).
A
escola faz parte da sociedade multicultural de hoje, existe uma diversidade no
seu espaço escolar, que não provoca mudanças no geral. Como aponta o texto,
a escola voltada à educação de jovens e adultos, portanto, é ao mesmo
tempo um local de confronto de culturas (cujo maior efeito é, muitas vezes, uma
espécie de “domesticação” dos membros dos grupos pouco ou não escolarizados, no
sentido de conformá-los a um padrão dominante de funcionamento intelectual) e,
como qualquer situação de interação social, um local de encontro de
singularidades.
Penso
que os elementos mais importantes é oportunizar um planejamento que seja
baseado no contexto cultural desses alunos, promovendo suas habilidades e
resgatando suas dificuldades, onde possa acontecer momentos de reflexão sobre
as diversidades presentes na sala de aula, daquele contexto ali. E
principalmente que possa haver interação da turma, dos colegas entre si, do
professor com o aluno, do aluno com o professor. É uma troca de experiências.
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