segunda-feira, 1 de julho de 2019

Reflexão 9º semestre: a última reflexão

Colegas, UFRGS, 2019.


Considerando a releitura das postagens dos semestres do curso realizadas em meu Portfólio de Aprendizagem, percebo que a experiência enquanto professora titular e, concomitantemente como estudante é rica pela sua complexidade e suas possibilidades.
A reflexão serve para ressignificar a prática, seja ela docente ou pessoal. Penso que ser uma professora reflexiva, é ser uma professora que se permite pensar a respeito do seu trabalho, usando a criticidade como ferramenta orientadora para deste modo ressignificar sua prática, ou não. E deste modo, ressignificar o jeito que seus alunos e alunas aprendem, pois mudando o jeito que esses sujeitos aprendem, pode-se mudar o espaço escolar.
            Ao longo do curso e desses semestres, a reflexão teve um papel ativo na nossa prática alunas-professoras, porém percebi que no estágio curricular, a reflexão se tornou ação em sala de aula e na construção do TCC essa ação se fez presente e com isso percebo o quanto estou evoluindo como professora e como fala Alarcão:
Ser professor implica saber quem sou, as razões pelas quais faço o que faço e conciencializar-me do lugar que ocupo na sociedade. Numa perspectiva de promoção do estatuto da profissão docente, os professores têm de ser agentes activos do seu próprio desenvolvimento e do funcionamento das escolas como organização ao serviço do grande projecto social que é a formação dos educandos. (ALARCÃO, 1996, p.24).
            Faz-se necessário ao docente fazer suas reflexões e oportunizar que seus alunos e alunas também o façam, já que esses momentos de reflexão servem para nos fazer evoluir como sujeitos críticos, para atuar na sociedade de forma participativa.
            Refletir sobre os semestres do curso foi bastante enriquecedor, para perceber o quanto evoluímos. 
            Essas reflexões ao longo do semestre, ligadas à prática do estágio  e ao TCC oportunizaram um diálogo com nossos saberes e com nossos alunos sobre as suas próprias reflexões.
            Em essência, a escola democrática envolve a convivência entre sujeitos que se afirmam como tal e a educação só se faz se ela for democrática e os professores precisam oportunizar situações de aprendizagem e mediar os diálogos, tornando esse processo uma ação dialógica.
            Ninguém largou a mão de ninguém durante esses 4 anos e meio de curso, nos tornamos professoras reflexivas, que ressignificam sua sala de aula, sendo colaborativas e em prol do coletivo, seja em nossa sala de aula ou na sala de aula dos nossos professores.
            Evoluímos nesse processo, ganhamos asas e agora vamos voar.

Reflexão 8º semestre: o estágio



Minha turma no estágio

O período de estágio e toda a preparação para essas nove semanas foram uma experiência desafiadora enquanto professora-estagiária, principalmente no que se refere a minha formação e a ressignificação do meu papel de docente enquanto professora titular. Consegui articular na minha prática, os conhecimentos teóricos e fazer a mediação com a tecnologia e principalmente fazer a aproximação professor-aluno, que também é fundamental para o desenvolvimento do trabalho.
Ao longo das nove semanas de estágio, oportunizei que meus alunos e alunas se sentissem à vontade para participar do processo de ensino e aprendizagem, tornando-os sujeitos ativos e conscientes dentro do projeto de aprendizagem.
O projeto desenvolvido teve um ótimo aproveitamento, todas as metas e objetivos do projeto foram atingidos de modo eficiente.  Os alunos e alunas ampliaram seus conhecimentos e construíram suas aprendizagens, de acordo com as suas dúvidas e certezas acerca do tema do projeto.
A integração dos saberes com a tecnologia foi muito positiva, pois trouxe inúmeros benefícios para a aprendizagem desses alunos, tornando a sala de aula um espaço mais democrático, lúdico e inclusivo.
Foram nove semanas de questionamentos sobre a docência e sobre minha metodologia, nas mudanças necessárias para que meus alunos se tornassem sujeitos ativos no seu processo de aprendizagem e a certeza que o título de Pedagoga está atrelado à responsabilidade metodológica para redefinir o contexto de sala de aula e trazer avanços para a escola, principalmente de tornar a prática docente cada vez mais provocadora e significativa.


domingo, 30 de junho de 2019

Reflexão 8º semestre: estágio


(curta finalização do estágio)

Lendo essa postagem sobre o 8º semestre, fiquei refletindo sobre o quanto foi importante as nove semanas de estágio curricular.
O projeto realizado na prática de estagio curricular, com a turma de 3º ano teve como objetivo principal oportunizar possibilidades para que os alunos e alunas despertassem o interesse e se motivassem para aprender por prazer de forma diferenciada, visando o desenvolvimento integral do mesmo, de forma crítica e autônoma. Exercitando desta forma sua curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das Ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e inventar soluções com base nos conhecimentos das diferentes áreas.
O estagio curricular ressignifica também a prática do professor que já atua em sala de aula, associada às dimensões teóricas. De acordo com Rela, Carvalho e Nevado:

O estágio como componente curricular tem importância fundamental para a formação docente. É sabido que apenas a inserção na realidade escolar não é garantia para o desenvolvimento das competências necessárias à profissão docente. É necessário que, a partir das experiências concretas oportunizadas pelo efetivo exercício da docência, o acadêmico tenha condições de refletir, analisar e compreender sua ação, identificar problemas e, subsidiando-se da teoria, buscar alternativas para o enfrentamento da situação, voltando à prática para então modificá-la e ressignificá-la, em um movimento contínuo e dinâmico de ação-reflexão-ação. (RELA, CARVALHO E NEVADO, 2010, p. 14)

O estágio foi uma etapa fundamental para minha ressignificação enquanto professora. E para meus alunos e alunas, que se tornaram pesquisadores e construtores dos seus saberes.

sábado, 29 de junho de 2019

Reflexão 7º semestre: inovações pedagógicas

Postais sobre diversidade feito pelos alunos para distribuir na comunidade escolar 



Lendo sobre essa postagem aqui sobre inovação pedagógica, fiquei refletindo sobre o assunto e pensar em inovação pedagógica é pensar em ressignificação.
Porque ressignifiação? Porque é na inovação que a gente muda, promove a ação. Ação de uma mudança pedagógica, trazendo para sala de aula inovações para trabalhar os conteúdos  de forma diferente e criativa, que estimula o aprendizado dos alunos e alunas, trazendo novas metodologias e acrescentando no planejamento elementos necessários para articular esses conteúdos para transformar a construção do saber.
É muito importante que, enquanto professoras, possamos trazer essas inovações ao planejamento e a sala de aula, pois ao criar novas estratégias, amplia um ensino de qualidade.
Entretanto para que essa ressiginificação aconteça, é necessário também, uma inovação da nossa postura enquanto professores e também de reconhecer o ensino como pratica social.
Essa inovação trazendo ressignificação para o professor e para a sala de aula influencia o social também, pois vendo a aprendizagem como prática social não se limita só em sala de aula e aos conteúdos, vai além. Assim, aprender e ensinar requer reflexão e inovação.
Foi exatamente isso que fiz no estágio obrigatório semestre passado, mudei a metodologia, trabalhando com projetos e fazendo os alunos e alunas serem pesquisadores, construindo dessa forma sua aprendizagem, me tornando mediadora dessa construção. E o projeto, a pesquisa, o tema, serviu para ir além da sala de aula, desconstruindo preconceitos do meio social em que esses alunos e alunas estavam inseridos.

sexta-feira, 28 de junho de 2019

Reflexão 7º semestre: alfabetização e empoderamento



Produção de um aluno, no projeto Democracia

Pensando em empoderamento e alfabetização, depois de ler essa postagem aqui, fiquei pensando na importância de alfabetizar os sujeitos que estão na escola pública, escrevi no meu TCC que alfabetizar é uma espécie de luta, luta porque como afirma Gramsci, que encarou a alfabetização como uma prática social. E ela é, pois através da alfabetização, os sujeitos se tornam sujeitos letrados e isso faz com que as pessoas possam participam da compreensão e da transformação da sua sociedade.
Enquanto professoras, devemos pensar na alfabetização. E na importância de alfabetizar os alunos e alunas.
A aprendizagem da leitura e escrita tem que centrar o aluno e o seu conhecimento e perceber que esse desenvolvimento é evolutivo e o professor e a professora precisam ser os agentes transformadores e por isso devem conhecer as teorias e metodologias para  desenvolverem a melhor para sua turma e seus alunos e alunas, tornando um ambiente alfabetizador onde possa haver uma interação entre o mostrar para o professor  e professora e levar a leitura para o mundo. Porque alfabetizar não é somente ensinar letras e sílabas. Segundo Emília Ferreiro, a evolução da escrita passa por etapas nas quais as crianças repetem em sua história particular, mas que não ocorre para todas da mesma maneira, por isso precisamos ter entendimento e conhecer nossos alunos e alunas.
E devemos empoderar nossos alunos e alunas, através dessa alfabetizando, fazendo com que esses sujeitos tenham poder na nossa sociedade, através da sua voz, da sua escrita, da sua leitura de mundo.

quarta-feira, 26 de junho de 2019

Reflexão 6º semestre: Modelos Pedagógicos




Pensando na postagem sobre  ModelosPedagógicos e trazendo a reflexão para hoje e depois de ler e ver vários vídeos sobre construtivismo, modelos epistemológicos e Piaget com sua teoria do desenvolvimento, percebemos o quanto o conhecimento cientifico e com base nas experiências, principalmente no campo da educação tem importância. E o quanto é importante ressignificarmos nossa prática, principalmente em sala de aula, pois como nos coloca Becker, cadê a experiência? Cadê a intuição? Cadê as perguntas? Precisamos deixar as cópias de lado, precisamos deixar o aluno construir seu saber e precisamos sair do comando, como nos traz Freire, onde aponta a questão do comando do professor. Precisamos abrir mão desse poder, para dar poder para nossos alunos.
O questionamento que fica é sobre o professor que tenta ensinar conhecimento cientifico, mas segue professando epistemologia do senso comum, que são aqueles 3 modelos, chamados de apriorismo, empirismo e construtivismo. Sendo que o apriorismo é aquele que os alunos são rotulados, ao adentrar no espaço escolar, inclusive pelos seus professores. E sendo o construtivismo uma critica aos primeiros modelos, mas que ainda estamos perdidos ao tentarmos ser construtivistas. Sendo que a escola ainda não está preparada para essa mudança e muitas vezes o professor sofre pressão pelo seu agir diferente. Assim como Lino de Macedo nos aponta, sobre a importância do construtivismo, como contribuição para educação e a importância da ação.

Portanto, tudo que foi visto e lido, nos remete muito a essa postura de reflexão do professor e de ação, em prol de uma pratica mais diferenciada, oportunizando aos alunos um ensino de construção e não somente de copias. O professor tem papel importante nessa nova ação, principalmente porque é através dele que se dá essa construção de conhecimento.
E fica a reflexão mais um pouco, qual modelo estamos seguindo?
E que diferença ele faz na vida dos nossos alunos e alunas?


sexta-feira, 21 de junho de 2019

Reflexão 6º semestre: Professora lutando também está ensinando!



Greve Geral da Educação
maio/2019


Foi no 6º semestre do curso, que tivemos no Estado a segunda maior greve do magistério. Fiz uma postagem sobre aqui



Professor lutando também está ensinando, penso que essa frase continua valendo, ainda mais depois de todos os ataques que continuamos sofrendo enquanto professoras. A educação deixou de ser prioridade e está sendo sucateada. Deixamos de ser professores, para sermos “mão de obra” barata. Para sociedade, “cuidamos de crianças” e não devemos ter opiniões e nem nos manisfestar. Criam a escola sem partido, um projeto político que ataca a educação e os professores. Uma escola “sem partido” com muita “direção”, de estudantes e pais “preocupados” com questões político-ideológico dos professores e escolas. Um projeto que fere a autonomia de sala de aula.

Desconfiai do mais trivial, na aparência singelo. E examinai, sobretudo, o que parece habitual. Suplicamos expressamente: não aceiteis o que é de hábito como coisa natural. Pois em tempo de desordem sangrenta, de confusão organizada, de arbitrariedade consciente, de humanidade desumanizada, nada deve parecer natural. Nada deve parecer impossível de mudar. (Bertold Brecht)

Ou seja, como diz o poema, nada é impossível de mudar, vamos continuar lutando.  A luta continua sendo travada, com quem não nós valoriza, com quem nós sucateia, com o governo e projetos políticos que nos ameaçam. Seguimos enquanto professoras, lutando por essa educação.



terça-feira, 18 de junho de 2019

Reflexão 5º semestre: Escola Democrática





Pensando sobre escola democrática, me deparei com essa publicação no meu portfólio. Um poema feito por mim sobre esse tema.

Hoje, diante de tantas mazelas e descaso com a educação, estar inspirada para escrever poemas é bem difícil.

Estamos, enquanto professoras, esgotadas com esse descaso todo.
Porém, enquanto alunas-professoras, ainda temos esperança na mudança.
Ainda acreditamos na educação de qualidade, justa, de equidade, numa escola democrática, com uma gestão comprometida.

A escola democrática é um espaço de construção baseada na democracia, em especial como aponta Tosto (2011), na democracia participativa. Sendo muito importante a participação de todos para que a aprendizagem ocorra. Outro ponto importante desta escola democrática é o corpo docente,  que valoriza a liberdade dos seus alunos, o direito de escolher.

Como afirma Tosto (2011):

Nesse modelo de escola, os alunos são incentivados a buscar o conhecimento a partir do seu próprio interesse, iniciativa, ritmo e também são responsáveis pelo desenvolvimento intelectual, sem cobranças autoritárias de qualquer entidades superiores de ensino. Os conteúdos que devem ser aprendidos costumam estar muito próximos da estrutura cognitiva dos alunos, assim como dos seus interesses e expectativas de conhecimento.

O professor nessa escola se torna um mediador, um articular do conhecimento e os alunos e alunas são os protagonistas desse processo de aprendizagem.

            Precisamos continuar acreditando nessa educação, nessa escola. Precisamos continuar lutando para que esse ideal não vire utopia. Nossos alunos merecem uma escola democrática, nós como professoras também merecemos. A sociedade merece!




TOSTO, Rosanei.Escolas Democráticas Utopias ou Realidades; Revista Pandora Brasil- Edição Especial Nº4- “Cultura e materialidade escolar”- 2011

quinta-feira, 6 de junho de 2019

Reflexão 5º semestre: ser um professor reflexivo


Sobre ser um professor reflexivo



No eixo V do curso, trabalhamos muito sobre a reflexão e sobre ser um professor reflexivo.Inclusive fiz uma postagem sobre, que está aqui
Fazendo o trabalho de conclusão de curso, percebo o quanto esse trabalho sobre reflexão e professora reflexiva me ajudou. Pois a reflexão gera ação que gera uma mudança e muitas vezes traz inovações para a sala de aula. Essas inovações ficaram evidentes no estágio, já que precisava fazer uma reflexão semanal sobre o estágio e com essas reflexões pudemos observar nossa ação e nossas ressignificações.
A reflexão serve para ressignificar a prática, seja ela docente ou pessoal. Penso que ser uma professora reflexiva, é ser uma professora que se permite pensar a respeito do seu trabalho, usando a criticidade como ferramenta orientadora para deste modo ressignificar sua prática, ou não. E deste modo, ressignificar o jeito que seus alunos e alunas aprendem, pois mudando o jeito que esses sujeitos aprendem, pode-se mudar o espaço escolar.
Se faz muito necessário ao docente fazer suas reflexões e oportunizar que seus alunos e alunas também o façam, já que esses momentos de reflexão servem para nos fazer evoluir como sujeitos críticos, para atuar na sociedade de forma participativa.


sexta-feira, 24 de maio de 2019

Último semestre






Último semestre do curso e nós estamos realmente exausta, porém conseguimos visualizar nosso futuro enquanto pedagogas.
            Escrever o TCC não é uma tarefa fácil, porém depois de muitas escritas autorais e tendo esse portfólio para reflexões, se torna menos árdua a tarefa.
            Meu TCC vai abordar a questão da mediação tecnológica e sobre a importância dessa mediação na aprendizagem dos alunos.
            O trabalho de conclusão de curso serve para culminância de toda trajetória acadêmica da graduação e com ele temos um papel ainda mais importante, o de pesquisador.
            Já exercemos esse papel durante o estágio curricular obrigatório, além de sermos professoras-alunas, também fomos pesquisadoras. Pesquisando e estudando os casos que se desdobraram durante nossa prática de estágio. Sobre o trabalho de conclusão de curso, podemos dizer que ele permite entender toda a dinâmica da era da informação e traz a competência necessária para conhecer todo o universo teórico de uma vez só, integrante da atividade curricular e necessário à formação.
            Precisamos ter muita dedicação nesse momento e nada de procrastinação e com certeza, o fechamento do curso de Pedagogia a distancia será muito enriquecedor.


quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

Sobre reflexão!



Destaco de tudo que ouvi e li nessas reflexões, a minha principal aprendizagem foi justamente deixar meus conceitos de lado para construir novos conceitos, ou seja, ressignificar. E ao ressignificar, mudar as coisas na sala de aula e consequentemente na escola. Tornar essa escola uma escola asas e fazer com ela deixe de ser uma escola gaiola.

Tornando os alunos e alunas, asas!
Momento Yoga na Escola Pública
Prática de Estágio/2018


Construí novos conceitos, não basta somente deixar os velhos conceitos de lado, é necessário realmente construir algo em cima desse novo para que ele possa se tornar representativo e significativo.
E toda essa prática de construção de novos conceitos, permeada ainda com a grande responsabilidade de educar e oportunizar aos alunos e alunas essa reflexão também,  é a porta de entrada para um novo universo. E quando deixamos de ser gaiolas e passamos a ser asas, como nos fala tão bem Alves (2002), aprendemos novos voos juntamente com nossos alunos e alunas, que essa é a nossa maior aprendizagem, como alunas-professoras.
A educação é uma luta, uma luta política e de dominação, muitas vezes as classes dominantes tendem disfarcadamente impor essa dominação na classe trabalhadora e tendem a dominar eles desde a infância, através da escola, que antigamente tinha como objetivo só formar trabalhadores, atualmente nessa escola democrática, tentamos formar e construir um sujeito pensante e critico, para atuar na sociedade, da forma que quiser, sem oprimir nenhuma classe. A educação sempre foi um direito de todos, mas de que forma? E como queremos essa escola, nossa sala de aula e nós mesmo como professores? A reflexão carrega tudo isso junto. Finalizo esse texto com uma citação sobre a educação, onde Freire afirma:

Você, eu, um sem-número de educadores sabemos todos que a educação não é a chave das transformações do mundo, mas sabemos também que as mudanças do mundo são um quefazer educativo em si mesmas. Sabemos que a educação não pode tudo, mas pode alguma coisa. Sua força reside exatamente na sua fraqueza. Cabe a nós pôr sua força a serviço de nossos sonhos . (1991, p. 126)

terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

Reflexão 4º semestre: escrita


Sobre escrita

Escrita da aluna da turma sobre os conceitos
do Projeto de Aprendizagem

No eixo IV trabalhamos muito sobre a escrita autoral, sobre a importância de escrever, sobre o portfólio.  Penso que compreendemos bem a importância do portfólio para nós alunas-professoras, tendo em vista que é um instrumento de aprendizagem, uma forma de avaliação continua que torna todo nosso saber uma grande exposição de trabalhos de escrita autoral desde o inicio do curso e essa escrita autoral serve para consolidar nossos conhecimentos e fazer uma mediação com a tecnologia e com os saberes dos colegas.
Por isso a importância da escrita, pois nessa escrita aprendemos muito e a escrita serve  para provocar reflexões e fazer quem está lendo pensar. E toda escrita é carregada de referência de autores que gostamos e aprendemos, mesmo essa escrita sendo autoral, ela sempre possui algum referencial.  Devemos sempre cuidar ao escrever, para não nos apropriarmos de escritas alheias, podemos sim, através das referencias repensar nossas produções de conteúdos, diálogos e coexistência, para podermos aparar as arestas dos nosso texto e continuar escrevendo cada vez mais, lembrando que nossas referencias é que fazem a diferença e mantém nossos textos mais amplos e com mais significados, ou seja, mais representativos
Durante o estagio obrigatório, trabalhei com os alunos muita produção textual, tendo em vista que estava usando a tecnologia para favorecer o desenvolvimento da linguagem e a escrita faz parte dessa linguagem. Os alunos tinham que gravar podcast, uma espécie de blog oral, mas antes de gravarem tinham que escrever suas impressões sobre o projeto de aprendizagem. E ao escrever e depois gravar o que tinham escrito, muitos alunos percebiam seus erros e ao perceberem seus erros voltavam a escrita. A escrita tem papel fundamental de consolidar os conhecimentos. E para escrever é preciso ler e ler faz com que o repertorio dos alunos e alunas aumentem e que vai funcionar como um referencial cultural ao longo da vida de cada um. Ler e escrever por prazer faz a diferença na vida de qualquer um e nosso maior desafio como professoras é formar alunos que leiam e escrevam por prazer, não só para nos mostrar, mas para ler o mundo e escrever para o mundo.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Reflexão 3º semestre: gaiolas ou asas?





Somos gaiolas ou asas?
Esse questionamento esteve presente ao longo desses anos de docência, principalmente durante o 3º semestre do curso e agora no momento de estágio.
Ao longo do curso, as vezes me achava gaiola e as vezes asas.
No estágio percebi que só é possível fazer uma educação de qualidade se formos asas e também deixar nossos alunos serem asas.

Gaiolas aprisionam, asas libertam e fazem voar.
Gaiolas são tradicionais, aquele tradicional que não funciona mais.
Asas te impulsionam a ir em frente, a lutar, a acreditar, a ter um futuro.
Gaiolas é toda burocracia que prende, que tranca, que não deixa o professor ser livre e nem os alunos.
Asas é tudo que faz voar, que tira o aluno da caixa e faz ele pensar por si só.
Gaiola segue padrões estabelecidos.
Asas são livre.

Hoje, percebo que somos muito mais asas que gaiolas.
Porém em algumas vezes nos tornamos gaiolas, porque pra ser asas é preciso ter coragem pra mudar, pra levantar vôo e fazer a diferença. Ser asas às vezes é solitário, já que a gaiola é mais confortável.

Mas não podemos desistir de sermos asas, precisamos levantar vôos e fazer nossos alunos fazer o mesmo. Não podemos desistir dessa educação de qualidade, que nos faz livre, que nos tira da gaiola e nos deixa pensar por nós mesmos.



terça-feira, 15 de janeiro de 2019

Reflexão 3º semestre: poesia!

Cordéis dos alunos e alunas


No 3º semestre do curso, tivemos um momento da interdisciplina Literatura Infanto Juvenil e Aprendizagem, um estudo sobre poesia infantilNesse 3º semestre elaborei alguns planos para fazer esse trabalho em sala de aula. Mas efetivamente comecei a entender a poesia, quando passei a ler poesia todos os dias para meus alunos e alunas.
Ler poesia todos os dias, torna a leitura da poesia uma leitura deleite e faz com que os alunos e alunas comecem a ficar familiarizados com as rimas e versos.
Trabalhar poesia com alunos em fase de alfabetização, também é bem mais importante do que dar qualquer texto sem significado. A poesia pode aproximar o sujeito do mundo letrado, ainda mais se forem sobre algo familiar a eles.
Nessa prática de estágio, trabalhei com poesia de cordel, sobre diversidade. Além de lermos poesia, produzimos poesia em grupo e montamos em livrinhos de cordel, onde cada aluno fez o seu e depois fizemos um sarau de poesia na sala de aula. E essa aprendizagem foi bastante significativa.
Segundo o escritor Ferreira Gulla:
É preciso oferecer poesia desde a infância, além de outros livros, que tornem a leitura mais agradável e a transforme num hábito.
Por isso é fundamental o trabalho com poesia na sala de aula, pois além de tornar o ensino significativo, forma sujeitos leitores e até produtores de escrita.



quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

Reflexão sobre 2º semestre: Resgatando memórias



Pensar em resgatar história com os alunos e alunas é pensar em trazer as memórias gravadas na nossa cultura para dentro de sala. E trazer essas memórias de forma lúdica se torna muito mais significativo para esses alunos e alunas. Foi isso que fiz em quando trabalhei com as bonecas Abayomis  e sua lenda em 2015 e novamente quando trabalhei com elas na prática de estágio curricular. Mas minha percepção sobre a forma de trabalhar foi um pouco mais aprofundada nessa momento atual de prática.


Prática de Estágio: turma 32

Gostei muito da interação da turma ao confeccionar as bonecas, eles realmente se empenharam na produção das bonecas, ajudaram os colegas com mais dificuldades e se envolveram com a aula. Fazer  essa  mesma atividade com os alunos e alunas me fez perceber o quanto é importante o professor ser criativo e saber gerir situações didáticas eficazes para a aprendizagem e para o desenvolvimento dos alunos e alunas. Principalmente para desenvolver o processo de leitura e escrita, que cabe a nós professoras oportunizar que os alunos e alunas desenvolvam o raciocínio e a interação  com a língua e nem sempre precisa ser da forma tradicional com quadro e cópia no caderno. Nessa atividade de confecção das Abayomis, eles tiveram que escutar a lenda da boneca, interpretar a lenda, fazer reflexões e comparações com os dias atuais, confeccionar a boneca e depois registrar em forma de história em quadrinhos a lenda e o processo de confecção. A alfabetização e letramento estava presente na atividade do inicio ao fim e não precisamos usar o quadro e a cópia para evidenciar isso.
Como reforça Soares que “A preocupação, nos dias de hoje, não deve centrar-se apenas em ensinar a ler e a escrever, mas também, e, sobretudo, levar as pessoas a utilizarem a leitura e a escrita, envolvendo-se em práticas sociais dessas” (2001, p.03).
Não adianta trabalharmos frases como “A BOCA É BOA” se isso não tiver significado para os alunos e alunas. Ao trabalharmos novamente com as bonecas Abayomis, além de fazermos uma resgate da história e dos nossos laços, o conteúdo se tornou significativo para os alunos e alunas. E a importância do lúdico nessa atividade também foi fundamental, pois torna a sala de aula um lugar de brincar também. E sabemos o quanto o brincar é importante para alunos dessa idade.
Como Tãnia Ramos Fortuna:

A sala de aula é um lugar de brincar se o professor consegue conciliar os objetivos pedagógicos com os desejos dos alunos. Para isto é necessário encontrar o equilíbrio sempre móvel entre o cumprimento de suas funções pedagógicas - ensinar conteúdos e habilidades, ensinar a aprender - e psicológicas - contribuir para o desenvolvimento da subjetividade, para a construção do ser humano autônomo e criativo - na moldura do desempenho das funções sociais - preparar para o exercício da cidadania e da vida coletiva, incentivar a busca da justiça social e da igualdade com respeito à diferença. (FORTUNA, 2000, P.9)

Não fizemos só as bonecas, nós também brincamos, inventamos, criamos e usamos a criatividade para inventar novas histórias. Foi lindo ver os alunos interessados e brincando.